Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou seu pronunciamento de seis minutos em cadeia nacional de rádio e TV para também comemorar as recentes vitórias alcançadas pela política externa brasileira. O presidente deu especial destaque à vitória do Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC) com a promessa de redução dos subsídios agrícolas a ser implementada pelos países desenvolvidos às nações mais pobres. "Subsídios estes que impedem uma concorrência mais justa e prejudicam os nossos produtos e os de outras nações", enfatizou.
Segundo Lula, o país conseguiu conquistar respeito e admiração internacional nas negociações diplomáticas graças ao equilíbrio e à capacidade de agregar e unir um número expressivo de países em desenvolvimento nas negociações com as nações mais ricas. "Graças a essa união estamos ficando cada vez mais fortes", disse.
Na opinião do presidente, exportar é fundamental para trazer recursos financeiros ao país e, principalmente, proteger a economia interna das variações do mercado internacional. "Isso nos fortalece muito, pois aumenta nossas reservas em dólar, tornando o país menos vulnerável às oscilações do mercado internacional, fortalecendo também as nossas empresas e gerando naturalmente milhares de empregos de qualidade", completou.
As exportações e a diversidade de produtos oferecidos pelo mercado brasileiro também trazem ao país, na avaliação de Lula, a certeza de que o Brasil domina novas tecnologias. A conseqüência desse processo é, para o presidente, a melhoria na produção em diversos setores. "A ponto de, em muitas áreas, já competir em pé de igualdade com empresas do mundo inteiro", disse.
Lula ressaltou que o Brasil é hoje o maior exportador mundial de carne de boi, frango, açúcar, café, suco de laranja e grãos, entre outros produtos. Segundo o presidente, a política industrial criada pelo governo federal foi conseqüência do processo do crescimento das exportações. "Podemos crescer muito mais, mas, para isso, temos que nos tornar cada vez mais eficientes, cada vez mais competitivos. E temos que produzir cada vez mais e melhor", defendeu.