Brasília - A 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (2ª CNCTIS) vai discutir os melhores caminhos para o setor com a participação de 600 representantes de organizações da sociedade civil, pesquisadores, trabalhadores, prestadores de saúde, gestores e financiadores de ciência, tecnologia e educação de todo o país, entre os dias 25 e 28 deste mês, nesta capital.
A conferência é convocada pelos Ministérios da Saúde, da Educação e da Ciência e Tecnologia. A associação do conhecimento e do trabalho desses três setores pretende intensificar a cooperação técnica e garantir o fomento às pesquisas que contribuam para a resolução das necessidades de saúde da população.
Do total de delegados, 288 vêm de conferências estaduais realizadas em 24 estados. Outros 240 representam os setores de Ciência e Tecnologia e da Educação. No total dos delegados do setor saúde, 50% representam entidades de usuários do SUS. Segundo os organizadores, a participação do controle social nesse processo é fundamental para assegurar a construção de uma política setorial coerente com a política nacional de saúde.
O Ministério da Saúde tem o compromisso de acatar as deliberações que expressem a vontade da maioria dos delegados. São elas que vão definir a Política de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTI/S) a ser implementada nos próximos anos. A conferência também definirá estratégias para garantir que o Ministério da Saúde se consolide como articulador do fomento científico, tecnológico e de inovação em saúde no cenário nacional.
Os delegados aprovarão prioridades de pesquisa em saúde para orientar estratégias de fomento e contribuir para apropriação do conhecimento científico, da tecnologia e da inovação pela sociedade e pelos serviços de saúde."A 2ª CNCTIS deverá ser foro privilegiado de discussão para as ações em pesquisa e desenvolvimento em saúde comprometidas com a construção de rumos para um novo momento da ciência", resume o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), Reinaldo Guimarães.
Guimarães destaca que, de acordo com a Constituição, três dos princípios do SUS – universalidade, integralidade e equidade – "se aplicam também à Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde". Do ponto de vista da ciência e da tecnologia - acrescenta - a aplicação desses princípios deve ter em mente a redução das desigualdades sociais em saúde.
As informações são do Ministério da Saúde.