Spensy Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma comissão técnica foi instalada ontem pelo governo da Paraíba e tem 30 dias para apresentar suas conclusões sobre as causas do rompimento da barragem. O grupo é presidido pelo secretário de Infra-Estrutura do estado, Zenóbio Toscano de Oliveira, e conta ainda com os secretários Ramalho Leite, do Controle da Despesa Pública, Francisco Franca, do Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Minerais; e o superintendente da Suplan (Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado), Edmilson Montes Ferreira.
Também nesta quinta-feira (1o), o Ministério Público Federal da Paraíba começou a ouvir as empresas responsáveis pela construção da barragem. A primeira empresa a prestar depoimento na Procuradoria da República foi a Atecel, responsável pelo projeto inicial de Câmara, que previa a construção de uma barragem de terra, modificado posteriormente para a técnica conhecida como "concreto rolado".
Segundo informações da procuradoria, os representantes da empresa, Edson da Costa Pereira e Francisco Barbosa de Lucena, afirmaram ontem que, quinze dias antes do rompimento da barragem, foram procurados por um engenheiro do Consórcio Andrade Galvão – CRE, "para fazer um serviço no vazamento de um dreno da galeria, no entanto, o técnico César Cosme de Oliveira não pôde fazer a injeção de cimento, por causa da grande quantidade de água existente".
Ainda segundo a procuradoria, na próxima semana, serão ouvidas as empresas de engenharia Holanda, Andrade Galvão e CRE Ltda. Além das empresas, serão ouvidos o ex e o atual secretário Estadual de Recursos Hídricos.