Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio - O Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, fez críticas às normas internacionais de contabilidade de organismos de fomento, numa alusão ao Fundo Monetário Internacional, que consideram investimentos como despesa e frustram o esforço de investimentos dos países latinos para a realização de projetos de infra-estrutura.
"Essa idéia contraria as normas que são aplicadas nos países desenvolvidos e os manuais de contabilidade pública e têm dificultado as obras de investimento necessárias à expansão da atividade das empresas produtivas em geral, tanto no setor industrial como agrícola", afirmou.
Pinheiro Guimarães saudou a realização do Seminário Integração da América do Sul:1o. Encontro Brasil-Argentina, iniciado no BNDES, no Rio de Janeiro, pela importância que o tema tem.
Pinheiro Guimarães lembrou que desde a posse, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem a América do Sul como prioridade no conjunto de sua política externa e na sua política em geral, afirmando que não há nenhuma possibilidade de êxito individual para nenhum país da América do Sul.
No âmbito do continente, a prioridade da política externa do Brasil é o Mercosul e, dentro desse bloco, a Argentina. Daí o Presidente insistir na integração física da América do Sul, começando pela integração Brasil-Argentina, explicou.
O embaixador avaliou que "se não houver um esforço muito intenso na construção da rede de estradas, portos, da interconexão de gás e energia elétrica, e assim por diante, entre os 2 países, dificilmente o Brasil e a Argentina poderão construir um mercado conjunto interno que permita uma maior projeção das suas empresas no campo internacional, porque não poderíamos ter os requisitos essenciais de infra-estrutura para a expansão da atividade produtiva".