Juliana Cézar Nunes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A partir desta segunda-feira, quinze técnicos do Instituto de Pesquisa de DNA Forense tem um desafio pela frente. Eles vão tentar definir o perfil genético dos restos mortais de outros oito garimpeiros mortos na reserva indígena Roosevelt, em Rondônia. Os garimpeiros foram assassinados na semana santa, durante um confronto com índios da etnia Cinta-Larga.
A Polícia Federal resgatou 29 corpos na área. Dezesseis deles não foram identificados pelas famílias por causa do avançado estado de decomposição. A pedido do IML de Porto Velho e do governo federal, a Polícia Civil do DF trouxe restos mortais e, em uma semana, identificou o perfil genético de oito corpos.
A diretora do instituto brasiliense, Cláudia Mendes, diz que agora a identificação desses mortos depende apenas da comparação do perfil com amostras de sangue de parentes. "Eles devem entrar em contato com o IML de Porto para receber orientações sobre como coletar sangue e enviar as amostrar para o DF", recomenda a diretora.
Os outros oito corpos que ainda não tiveram o perfil genético traçado terão de ser analisados a partir de amostras ósseas. Todo o processo de pesquisa custará cerca de R$ 140 mil. O Instituto de Pesquisa de DNA Forense foi criado em 1996. Além de Brasília, ele atende pedidos de estados como Acre, Pernambuco, Bahia e Mato Grosso.