Gabriela Guerreiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou hoje para o primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, para pedir apoio para a proposta de flexibilização de regras do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Brasil e países da América Latina. Foi o quinto telefonema esta semana de Lula para chefes de Estado e de Governo para defender que o Fundo não contabilize como gastos os investimentos produtivos de empresas públicas dos países da América Latina. Lula também solicitou aos líderes internacionais que o FMI crie uma espécie de seguro para socorrer os países latino-americanos em períodos de crises econômicas internacionais.
Assim como os presidentes dos Estados Unidos, George W. Bush; da França, Jacques Chirac; da Espanha, José Maria Aznar, e do chanceler alemão, Gerard Schroeder, o premier britânico também recebeu as sugestões de Lula com simpatia.
Segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, depois do telefonema a Tony Blair o presidente encerrou o ciclo inicialmente previsto pelo governo brasileiro de contatos com autoridades internacionais para defender mudanças nas regras do FMI. "Não posso garantir que ele não faça novas chamadas mais adiante. Mas eu creio que com o telefonema de hoje ele encerrou esse primeiro grupo de contatos", disse Singer.
A conversa com o premier britânico durou cerca de 20 minutos. Segundo o porta-voz, o presidente Lula não fez um balanço dos resultados de todos os telefonemas feitos ao longo desta semana. Mas diante da receptividade de todos os mandatários com as propostas brasileiras, o presidente espera conseguir sensibilizar os representantes norte-americano, espanhol, francês, alemão e inglês no FMI para que defendam as sugestões brasileiras.