Rio, 17/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do BNDES, Carlos Lessa, disse que o "sonho da instituição para o ano que vem " é realizar uma política de fortalecimento de micro, pequenas e médias empresas. Ele afirmou que a intenção é organizar formas de arranjos produtivos locais. "Estamos interessados nisso como uma tarefa de recriação de empresas nacionais como organizações sólidas e poderosas."
O Banco opera hoje com 180 bancos que integram a rede de agentes atuando diretamente com as empresas. Lessa disse que o BNDES está preocupado porque parte desses agentes não gosta de operar com o segmento e por isso haverá uma escala dos agentes. "Nós vamos dar força aos agentes financeiros que operam com as pequenas e médias. A nossa política com respeito aos agentes é muito clara. Estamos interessados em que eles ampliem e dêem profundidade ao apoio de pequenas e médias empresas. Muitos bancos só gostam dos grandes negócios, mas os grandes negócios são feitos pelo BNDES. É da nossa natureza examinar as grandes operações", explicou Lessa.
De acordo com o balanço divulgado hoje, em 2003 os investimentos do BNDES no setor de micro, pequenas e médias empresas devem registrar um aumento de 8,4%. De janeiro a novembro o banco realizou operações equivalentes a R$ 9 bilhões , enquanto no ano passado no mesmo período ficou em R$ 8,3 bilhões.
Para o financiamento às exportações a expectativa é liberar R$ 11,5 bilhões em 2003 ficando em patamar próximo ao do ano passado que foi de R$ 11,8 bilhões.
Para o ano que vem o orçamento do BNDES prevê recursos de R$ 47,3 bilhões o que equivale, segundo o banco um crescimento de 39% em relação a 2003.