Lessa afirma que BNDES em 2003 voltou a ser um banco de desenvolvimento

17/12/2003 - 19h01

Rio, 17/12/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Carlos Lessa disse, que a melhor realização da instituição neste ano foi a recuperação de "um banco de desenvolvimento onde existia um banco de investimento".

Ele afirmou que entre as diversas ações desenvolvidas pelo BNDES em 2003 estão os seminários que discutiram os investimentos em fármacos, materiais cirúrgicos e pequenos equipamentos, o que fez com que o tema fosse incluído como uma das quatro prioridades da política industrial traçada para 2004.

Adiantou que existem vários projetos em análise no Banco. "Recuperar a idéia de desenvolvimento levou o banco a uma rediscussão profícua sobre a economia real brasileira. Para o BNDES discutir logística, projeções a longo prazo de energia, perspectivas de organização empresarial na siderurgia, na petroquímica, na metalurgia e nas cadeias produtivas, todos esses temas passaram a ser temas do nosso cotidiano ao invés de estamos discutindo project finance , ratings e etc".

No ponto de vista das operações, Lessa classifica em primeiro lugar o auxílio decisivo que o BNDES deu para reorganizar o segmento de energia elétrica. "A tarefa principal coube ao Ministério de Minas e Energia. Porém, o BNDES foi um parceiro de primeira hora e de todo tempo nesse trabalho de reconstrução."

Ele disse também que o número de projetos aprovados na área de logística ainda não corresponde à preocupação da instituição com o setor. "Achamos que será necessário realizar ações mais estruturantes com relação sistema logístico brasileiro ao qual nós do BNDES atribuímos uma componente muito perverso do custo Brasil elevado.

Para o desempenho exportador brasileiro vai ser fundamental que, junto com a elevação da capacidade de produção de uma série de setores, que estão se aproximando da sua plena capacidade, haja também forte melhoria do sistema logístico nacional para tirar uma componente perversa de custo da transposição de cargas." Carlos Lessa citou como exemplo o Piauí que começa a produzir soja, mas não dispõe de estrutura adequada de rodovias.