Roberto Marinho tomou posse na Academia Brasileira de Letras em outubro de 93

06/08/2003 - 23h05

Brasília, 6/8/2003 (Agência Brasil - ABr) - Roberto Marinho nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 3 de dezembro de 1904. Filho do jornalista Irineu Marinho e de D. Francisca Pisani Marinho, ele foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) em 22 de julho de 1993 e tomou posse em 19 de outubro do mesmo ano. Fez seus estudos na Escola Profissional Sousa Aguiar e nos Colégios Anglo-Brasileiro, Paula Freitas e Aldridge.

Com a morte do pai, Roberto Marinho ingressaria no recém-fundado vespertino "O Globo", onde exerceu as funções de copy-desk, redator-chefe, secretário e diretor. Teve como tesoureiro do jornal o jornalista Herbert Moses, futuro presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
No final da década de 1930, o jornal empenhou-se na campanha eleitoral, com simpatia pelos candidatos da Aliança Liberal - Getúlio Vargas e João Pessoa. No período que se seguiu à vitória da Revolução de outubro de 1930, o jornal manteve uma linha de acomodação com o governo.

Em 1952, o jornalista Roberto Marinho integrou a delegação brasileira à VII Assembléia Geral das Nações Unidas. Presidiu o Conselho de orientação do curso de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Exerceu, também, por indicação governamental, as funções de Chanceler da Ordem do Mérito, de 29 de abril de 1960 a 10 de março de 1967.
Em 1993, apresentou-se como candidato à vaga da cadeira nº 39 da Academia Brasileira de Letras, aberta com o falecimento do também jornalista Otto Lara Resende, antigo colaborador de "O Globo".

A cerimônia de posse na ABL foi realizada no dia 19 de outubro de 1993, sendo recebido pelo acadêmico Josué Montello. Na ocasião, Roberto Marinho declarou que devia a seu pai, Irineu Marinho, "a formação de jornalista".

Roberto Marinho publicou, em 1992, livro que recebeu o título de "Uma trajetória liberal", obra que, como assinalou Josué Montello, é integrada por "textos dispersos sobre vossas experiências e vossos testemunhos, guardando imagens vivas de figuras como Carlos Lacerda, Tancredo Neves e Luís Carlos Prestes".

Expandindo suas atividades, Marinho criou a Fundação que leva o seu nome, uma das mais representativas instituições com que o país já contou em diversos setores da cultura, com destaque especial no campo das ciências, das artes, do patrimônio histórico e artístico, da literatura e da história.

As informações são da Academia Brasileira de Letras.