Brasília, 28/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Atividades produtivas que não desmatam a floresta nem provocam queimadas poderão ter prioridade para receber financiamento do Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO).
A proposta será encaminhada pelo Ministério do Meio Ambiente ao Conselho de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel), como forma de incentivo econômico para atividades produtivas que adotam processos ambientalmente sustentáveis. O Condel é o órgão gestor do Fundo Constitucional do Centro-Oeste. O secretário de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Viana, explicou que a introdução de instrumentos econômicos é uma das formas que o governo tem para pressionar e garantir a preservação do meio ambiente.
De acordo com a proposta, o Fundo poderá dar prêmios na taxa e rebatimento no valor principal financiado para criar a adimplência ambiental. "Além de cumprir a lei (ambiental), o tomador vai evitar danos ao meio ambiente", afirmou Viana.
O ministério do Meio Ambiente propõe também a criação da "carteira sustentável". Gilney Viana explicou que o objetivo é reservar parte dos recursos para projetos sustentáveis como forma de evitar o passivo ambiental. O Fundo, explicou, destinará inicialmente R$ 10 milhões para processos que evitam queimadas e desmatamento, como a produção de produtos sustentáveis da floresta e oriundos de resíduos sólidos como de madeira, de lixo e de plástico.