STJ doa material de informática para Justiça de Angola

15/07/2003 - 19h00

Brasília, 15/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Angola será o primeiro país a receber doação de material de informática do Superior Tribunal de Justiça (STJ), dentro do convênio "Navegar é Preciso", que une os judiciários da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). O termo de doação aos Tribunais de Justiça angolanos de 20 computadores e impressoras foi assinado pelo presidente do STJ, ministro Nilson Naves, e o embaixador de Angola no Brasil, Alberto Correia Neto.

A parceria entre o Poder Judiciário do Brasil e das nações de língua portuguesa contempla ainda remessas de publicações jurídicas – já entregues a Cabo Verde e Moçambique – e troca de informações de natureza jurídica e atualização de magistrados.

Durante a cerimônia, Nilson Naves enfatizou o orgulho de poder cooperar com a estruturação dos serviços judiciários de Angola – que após 40 anos de guerra civil inicia a reestruturação de todas as funções de governo. A necessidade de funcionamento autônomo e eficiente do Poder Judiciário para o estado democrático de Direito foi ressaltado pelo presidente Nilson Naves, lembrou ainda os laços afetivos que unem Brasil à África, e mais precisamente os países que têm o português como língua nacional. Para ele, comungar um mesmo idioma é ser um país irmão. O ministro lembrou os escritores Albert Camus, José Saramago e Fernando Pessoa, afirmando que eles souberam como poucos traduzir o significado de preservar, defender e amar a língua mãe.

O embaixador angolano Alberto Correia afirmou que todos os três poderes do Brasil têm dado exemplos de solidariedade a seu país. Ele citou a visita que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará a Angola no início do próximo mês e a recente criação da Frente Parlamentar Brasil – Angola, destinada a levar experiências brasileiras exitosas no âmbito do Legislativo.

O embaixador Alberto Correia disse ainda que tal como um irmão mais novo necessita da proteção do irmão mais velho, Angola necessita, como país que emerge somente há um ano do pós-guerra, do auxílio e proteção da nação brasileira.