Professora defende ampliação do Programa Especial de Treinamento, PET

15/07/2003 - 16h49

Recife, 15/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Uma universidade justa, moderna e igualitária, com forte atuação junto aos problemas do país. Assim será a universidade do século XXI, na opinião da professora Izaura Hiroko Kuwabara, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), com a ampliação dos grupos do Programa Especial de Treinamento (PET). Izaura participou, hoje, em Recife, da conferência "O PET na Universidade do século XXI", no 8º Encontro Nacional de Grupos de PET (Enapet). O encontro faz parte da programação oficial da 55ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Izaura destacou o trabalho dos grupos do PET, nos quais o aluno é sujeito do conhecimento e de seu aprendizado por meio do trabalho coletivo. Ela lembrou que os grupos têm sido pioneiros em trabalhos interdisciplinares, com a formação de subgrupos para discussão de temas como fome, pobreza, ecologia e meio ambiente. "Participam alunos de várias áreas de graduação, o que torna a discussão mais enriquecedora", explicou a professora.

Segundo ela, os grupos PET, que tradicionalmente focam seus trabalhos em atividades de extensão, vêm se mobilizando para contribuir em programas do governo voltados para a área social. "No Paraná, já estamos direcionando o trabalho de alguns grupos para a alfabetização de adultos, com a inclusão de alunos de Pedagogia nos grupos já formados", detalhou Izaura.

O PET foi criado em 1979 pelo Ministério da Educação. Atualmente, 299 grupos estão organizados nas universidades brasileiras. O ministro Cristovam Buarque anunciou, na abertura do Enapet, a ampliação do programa, com a criação de outros 200 grupos em 2004. Para Izaura, a universidade brasileira estaria bem assistida com a instalação de mais 700 grupos PET. "Se com 300 temos essa expressão, com mil o trabalho seria impactante na universidade", avaliou.