Brasília, 15/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O presidente da Funai, Eduardo Almeida, desmentiu hoje, em entrevista ao Programa Revista Brasil, da Rádio Nacional Amazônia, o boato sobre sua saída do órgão. "Eu estou me sentindo confortável no cargo, não tenho dificuldades para administrar essas crises", disse Almeida, lembrando que tudo não passa de interesses de alguns grupos de madeireiros e políticos. "A área indígena incomoda muita gente e contraria certos interesses. Então, podemos imaginar de onde possam surgir estas coisas". Para ele, o governo tem compromisso em defesa dos povos indígenas e não serão os boatos que o farão desistir.

Segundo o presidente da Funai, neste começo de governo as verbas estão muito aquém das necessidades. "Nós estamos trabalhando com o orçamento definido no ano passado", disse, lembrando que dinheiro não é tudo e a Funai está fazendo o possível com os recursos de que dispõe.

Eduardo Almeida alertou que a Funai está sucateada e precisa de uma revisão geral nos métodos, nas políticas, no reequipamento do órgão, na capacitação de pessoal, entre outras medidas. Neste governo - disse - se espera maior contribuição humanitária aos índios. "Hoje nós temos um líder indígena do Acre que é diretor de Assistência e também suplente de senador pelo estado. Os índios devem exercer cada vez mais suas atividades políticas no Brasil", advertiu.