Manifesto do PSDB critica governo petista e Mercadante chama tucanos de incapazes

15/07/2003 - 17h23

Brasília, 15/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A Executiva Nacional do PSDB divulgou hoje o manifesto "Seis Meses do Jeito Petista de Governar", afirmando que, até agora, a gestão petista é marcada por "mentira, confusão, fisiologismo e incompetência". Segundo o manifesto, o PT age no poder como "um mentiroso compulsivo, que se envereda em novas mentiras, tentando acobertar as que pregou no passado". O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante
(PT-SP), reagiu às críticas dizendo que todo o povo brasileiro sabe da incapacidade dos tucanos, que governaram o Brasil durante 8 anos e não fizeram o país crescer, não aumentaram a justiça social, não asseguraram a transparência na gestão da coisa pública, nem resolveram os problemas brasileiros.

Mercadante ressaltou que, nestes 6 meses de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a margem de manobra foi pequena, exatamente pela herança recebida: a dívida externa mais do que dobrou durante os 8 anos do governo Fernando Henrique Cardoso e a taxa de crescimento de economia foi a quarta menor do Século XX. No governo passado, acrescentou Mercadante, a dívida pública pulou de R$ 64 bilhões para mais de R$ 627 bilhões; foram vendidos dois terços do patrimônio público; a regulamentação dos setores privatizados foi muito mal feita e houve crise de investimento nestes setores. Além disso, a situação social de desemprego, de pobreza e de violência por toda parte decorre exatamente dessa herança, e o governo atual tem um imenso desafio para arrumar a casa.

O senador disse que o atual governo reduziu a inflação, que era de 2,6% ao mês e hoje é de menos de 1%, o que permite uma queda sustentável na taxa de juros; fez um esforço fiscal muito grande, que permite agora liberar recursos fiscais para investimentos na área social e também para implantação de programas como Primeiro Emprego e Agricultura Familiar, entre outros. Mercadante disse que ainda será preciso trabalhar muito para promover as mudanças que são essenciais, especialmente agora, para aprovar as reformas tributária e previdenciária.