Juros bancários apresentam ligeira queda, aponta Procon-SP

15/07/2003 - 13h11

São Paulo, 15/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Pesquisa da Fundação Procon-SP aponta queda nas taxas cobradas pelos bancos. O levantamento revela que a redução na taxa básica de juros (taxa Selic) de 26,5% para 26% em junho contribuiu para retração nas tarifas bancárias. Nove das 12 instituições financeiras pesquisadas, entre os dias 7 e 8 julho, reduziram taxas de juros para pessoa física. A taxa média para empréstimos pessoais, por exemplo, caiu 0,2 pontos percentuais, passando de 6,22% em junho para 6,20% em julho.

Os três bancos que fizeram as reduções mais significativas nesta modalidade foram o Unibanco (de 6,9% para 6,3% ao mês), o Real (de 6,4% para 5,9%) e o Itaú (de 6,95% para 6,6%). O BBV e a Nossa Caixa praticam as menores taxas do mercado: 4,8% e 4,65%, respectivamente. O HSBC (6,5%) e o Itaú (6,6%) mantêm as taxas mais altas.

A redução dos juros do cheque especial entre junho e julho foi, na média, de 0,16%, passando de 9,43% para 9,27% ao mês. Os bancos que apresentaram as maiores quedas foram o Banco Real (de 9,2% para 8,9%), o Banco Itaú (de 9,8% para 9,5%) e o Santander (de 9,75% para 9,5%).

Em três instituições, as taxas estão abaixo de 9% ao mês: Banco Real (8,9%), Banco do Brasil (8,8%) e Nossa Caixa (8,75%). O BCN é o banco que possui a maior taxa (9,75%), seguido pelos bancos Santander, Itaú, Bradesco e HSBC (todos com 9,5%).

A pesquisa do Procon aponta que nenhuma elevação foi verificada entre as instituições pesquisadas. Para o Procon, os bancos reduziram suas taxas por acreditar que o governo está disposto a derrubar os juros caso a inflação mantenha a atual trajetória de queda.

Apesar dos dados coletados, o Procon salienta que o impacto dessas reduções no bolso dos consumidores ainda é muito pequeno e orienta os correntistas agir com muita cautela, principalmente ao entrar no cheque especial, já que as taxas ainda encontram-se elevadas