Brasília, 15/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - Consolidar o financiamento de projetos sustentáveis da pesca brasileira a partir de novas linhas de crédito. É o que defende o ministro José Fritsch, secretário Nacional da Pesca e Aqüicultura, sobre os convênios a serem assinados ainda este ano entre a Secretaria e a Petrobrás, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Banco do Nordeste do Brasil S/A.

Segundo o ministro, "do ponto de vista econômico, a pesca é uma atividade altamente rentável, principalmente pelo crescente consumo do pescado, seja em território nacional ou internacional". No caso específico do Chile, "o Brasil buscará parceria na produção de peixes em grandes redes no mar, rendendo ao pescador um período inteiro de produção".

Mesmo sem contar com os recursos orçamentários deste ano, o ministro avalia "estar começando pelo lado certo ao pensar a pesca como uma atividade econômica rentável e viável, que pode gerar renda e emprego, ao melhorar as condições de quem vive da pesca no Brasil".

Para o Banco do Nordeste, foram priorizadas questões como o financiamento da pesca nos rios, a produção de peixes e aqüicultura no estado. "Enfim estamos constituindo toda uma cadeia como projeto de desenvolvimento da pesca e da aqüicultura", destacou Fritsch. "Estamos desenvolvendo ainda um projeto para o financiamento de frigoríficos de pescado, e indústrias de fábrica de ração", completou.

O ministro disse também que quanto aos direitos trabalhistas, menos de 20% dos pescadores brasileiros possuem o seguro-desemprego, no total de aproximadamente 1 milhão de pessoas que vivem da pesca artesanal . "Há a possibilidade de se criar um cartão magnético neste período de recadastramento dos pescadores, com a finalidade de recebimento dos salários nos períodos em que não há pesca, evitando-se a pesca predatória e um aumento na produção. E só então a partir de quatro a cinco anos é que voltaria a se verificar o cadastro de cada pescador", declarou Fritsch.