Alunos de escolas públicas receberão aulas de xadrez

15/07/2003 - 20h30

Brasília, 15/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O xadrez vai fazer parte das atividades escolares dos alunos de escolas públicas. Além de um esporte reconhecido internacionalmente, o jogo desenvolve o raciocínio lógico, a capacidade de memorização e o pensamento dedutivo, melhorando o desempenho escolar de quem o pratica.

Um dos seis mestres brasileiros do xadrez, o engenheiro Jaime Sunye, vai colaborar com os Ministérios da Educação e do Esporte na implantação da idéia em todo o país. Sunye foi o responsável pela inclusão do xadrez nas escolas de ensino fundamental do Paraná, há 23 anos.

Para dar início à elaboração do projeto, os ministros da Educação, Cristovam Buarque, e do Esporte, Agnelo Queiroz, reuniram-se com o enxadrista. O encontro começou com os dois ministros jogando xadrez, mas eles não chegaram a concluir a partida.

"Esse jogo é fundamental para o desenvolvimento de todo o país já que é um grande instrumento de desenvolvimento humano e intelectual", comentou Agnelo.

Segundo Sunye, o custo do projeto não é alto. Um kit de 15 jogos, mais cartilhas explicativas e material pedagógico para os professores, sai por menos de R$ 300. "O maior desafio é a capacitação dos professores, que envolve maior custo", explicou.

A proposta do enxadrista é que o projeto seja adotado como atividade fora do horário de aula, com o pagamento de bolsa para os professores envolvidos. "A escola tem que ter uma renovação lúdica pelas coisas que agradam os alunos", disse Cristovam.

O programa começará a ser implantado em caráter experimental ainda este ano, após o fim das férias de julho, e será destinado aos alunos de 5ª a 8ª séries. Pelo menos uma cidade de cada região brasileira deve ser escolhida para participar do projeto piloto.