Negociação de governo com servidores avança

09/07/2003 - 19h13

Brasília, 9/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - A mobilização dos servidores públicos federais avançou durante o dia de hoje e o governo já sinaliza que pode negociar alguns pontos da reforma da Previdência. Hoje o Ibama entrou em greve e em Porto Alegre, o terminal de carga do Aeroporto Internacional Salgado Filho não funcionau devido à paralisação dos fiscais da Receita. Amanhã, às 10h, na Esplanada dos Ministérios, será realizada uma assembléia geral para decidir os rumos do movimento.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho, participou hoje de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e criticou severamente as reformas. Para ele, o governo quer um "bode expiatório" para os problemas e escolheu os servidores. Dois deputados, Paulo Fontes (PT – SE) e Luciana Genro (PT-RS) participaram de uma assembléia dos grevistas na parte da tarde na Esplanada e não pouparam críticas. "Essa reforma só beneficia grandes grupos financeiros que dirigem fundos de pensão privada", afirmou Luciana.

Na área do governo, o ministro da Casa Civil, José Dirceu e o presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha (PT – SP), admitiram avançar nas negociações em torno de alguns pontos da reforma, sobreltudo os que dizem respeito aos direitos adquiridos dos atuais servidores públicos, mas não abrem mão dos pontos da proposta do governo considerados essenciais.