José Dirceu conversa com o PMDB e diz que o partido é fundamental para o governo

09/07/2003 - 18h21

Brasília, 9/7/2003 (Agência Brasil - ABr) - O ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, afirmou hoje que a participação do PMDB no governo é fundamental para a retomada do crescimento econômico. Segundo o ministro, existem mais duas condições para o retorno do processo de desenvolvimento brasileiro: a aprovação das reformas e a votação da Lei de Falências. José Dirceu fez as afirmações durante almoço com a bancada do PMDB na casa do senador Luiz Otávio (PMDB-PA).

A ida do ministro e também do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), à casa do senador foi uma resposta à queixa do partido de que não está representado no governo. Dirceu concordou com as reclamações dos peemedebistas e prometeu dar mais espaço ao partido, atribuindo a falta de atenção à situação de início de mandato e os compromissos de agenda do governo.

O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, disse que ficou satisfeito com a posição do governo e deseja que cada vez mais o partido aprimore esse relacionamento. "O PMDB quer ajudar a superar os problemas do país e garantir a governabilidade", disse o parlamentar. Para isso, serão realizadas outras reuniões com o governo para decidir como e qual será a contribuição dos peemedebistas.

O senador Juvêncio Fonseca (PMDB-MT), que também participou do almoço, disse que o partido é paciente e está confiante na conquista de mais espaço no governo para que possa participar das decisões políticas. "Para um casamento dar certo, é preciso ter conjunção carnal. Isto, na política, significa que aliados devem participar mais das decisões", afirmou Fonseca.

Ao dexiar a casa do senador Luiz Otávio, o ministro José Dirceu confirmou que amanhã será anunciada uma super safra. "Este é um sinal claro de que o Brasil vai se desenvolver e crescer", disse.

Sobre a greve dos servidores públicos, ele não quis comentar. Mas garantiu que a proposta de reforma apresentada pelo Executivo não será retirada do Congresso Nacional, como reivindicam os funcionários públicos. "Estamos dispostos a negociar, mas retirar a PEC 40 do Legislativo é inviável", afirmou José Dirceu.