Brasília, 12/06/2003 (Agência Brasil - ABr) - Representantes dos países do Mercosul discutem nesta sexta-feira, aqui em Brasília, Políticas de Saúde Mental, durante o Fórum do Cone Sul para discutir a melhoria das condições de vida das pessoas portadoras de transtornos mentais. O encontro servirá para construir uma agenda comum de trabalho na área de Saúde Mental dos países do Cone Sul. Participam da reunião, representantes dos Ministérios da Saúde da Argentina, Brasil, Chile Paraguai e Uruguai, além de convidados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Ao abrir os trabalhos do Fórum, o ministro da Saúde, Humberto Costa, disse que um encontro como esse permite a aproximação e a oportunidade de adoção de algumas políticas comuns. "Independentemente da visão de cada um sobre a forma como o modelo de atenção à saúde mental deva se organizar, nós temos alguns temas que são comuns. Entre eles a questão do alcoolismo e o abuso de drogas", disse Humberto Costa.
Entre os temas que vão ser debatidos está a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), de propor a outros países que adotem os princípios da nova política de saúde mental do Brasil, lançada no dia 28 de maio pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Humberto Costa.
O diretor do Departamento de Saúde Mental e Toxicomanias da OMS, Benedetto Saraceno, enviou carta ao coordenador de Saúde Mental do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, comunicando que encontrou no exemplo brasileiro um novo estímulo, que a OMS pretende divulgar e partilhar com outros países e regiões. Além de apresentar vantagens terapêuticas, a nova política brasileira de saúde mental com o programa De Volta para Casa, é baseada na reintegração dos portadores de transtornos mentais à sociedade com o tratamento fora de hospitais e manicômios.