Funasa recomenda vacina contra febre amarela

05/12/2002 - 17h11

Brasília, 5/12/2002 (Agência Brasil - ABr) - A Fundação Nacional de Saúde (Funasa) alerta sobre a necessidade de as pessoas que se deslocam para áreas próximas a matas naturais no período das férias tomarem a vacina contra a febre amarela. A visita a áreas de risco, aliada à proliferação do mosquito transmissor da doença, devido às chuvas de verão, aumenta o risco de contágio nas regiões endêmicas.

A vacina está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano, é gratuita, e deve ser aplicada 10 dias antes da viagem. A imunização vale por dez anos. Desde 1998, a Funasa imunizou mais de 61 milhões de pessoas contra a febre amarela silvestre. A febre amarela urbana foi erradicada no Brasil. Não há casos desde 1942.

Na cadeia de transmissão da febre amarela silvestre, o macaco é o hospedeiro do vírus. A contaminação ocorre quando um mosquito leva o vírus do macaco contaminado para o homem.

As secretarias de Saúde dos estados de Goiás e do Rio Grande do Sul informaram a ocorrência de mortes de macacos. Em Goiás, no município de Rio Quente, no final de outubro, um macaco foi encontrado doente e morreu dias depois. A Funasa orientou as secretarias estadual e municipal de Saúde a investigar casos humanos suspeitos e verificar cobertura vacinal na região.

Em novembro, foi confirmado um caso de febre amarela silvestre em macaco capturado no município de Jaguari, no noroeste do Rio Grande do Sul. Como o município não estava inserido na área de transição do estado, a imunização é recomendada para os moradores da região e para aqueles que visitarão a cidade.

Também é recomendada a vacinação às pessoas que viajarão para áreas de matas ou cachoeiras nas férias ou nos feriados de Natal e Ano Novo. A mesma recomendação vale para os praticantes de esportes radicais, ou esportes da natureza, os ecoturistas.

Uma extensa faixa de território brasileiro é considerada endêmica para a febre amarela silvestre. O vírus amarílico circula nas áreas de matas em todos os estados das regiões Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) e Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), além do Maranhão, na Região Nordeste.

Uma outra área, também considerada de risco, abrange faixas territoriais de sete estados: sudoeste do Piauí e região oeste da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul. Recomenda-se a vacinação prévia contra a febre amarela silvestre para todos aqueles que viajarem para essas áreas.