Porto Alegre, 28 (Agência Brasil - ABr) - A secretária nacional dos Direitos da Mulher, Solange Bentes Jurema, em visita a uma loja da Etiqueta Popular, no Viaduto Otávio Rocha, no centro da capital, disse que o Sebrae e sua Secretaria estão à disposição dos grupos associados, como o da Etiqueta Popular, para capacitar os seus integrantes e encontrar meios para o financiamento de suas atividades.
Solange, que também é presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, afirmou que o grande caminho, hoje, é o associativismo para as pessoas que estão fora do mercado de trabalho, com sua própria ocupação e renda.
"A mulher precisa buscar capacitação porque o mercado hoje não admite improviso", aconselhou Solange.
O associativismo é fórmula conhecida de Magali Guex, 45 anos, costureira, primeiro grau completo. Desempregada há três anos, uniu-se a amigas e vizinhas para formar o grupo Bem-Me-Quer, instalado na loja 4 do Viaduto Otávio Rocha.
"Vimos no jornal que a Prefeitura estava ajudando as pessoas a se organizarem e fomos atrás", contou. "A caminhada não é fácil, mas, para as mulheres com mais idade, a solução é esta".
Magali e mais quatro pessoas, representando nove grupos de mulheres especializados em confecções, agora trabalham em uma butique, por meio da Etiqueta Popular. A butique dispõe de vestuário masculino, feminino, infantil, acessórios e bolsas, além de embalagens para presentes. O mix da loja é variado e com peças exclusivas. Mas tem um diferencial: uma oficina de consertos que não fecha ao meio-dia e que também recebe encomenda de roupas sob medida.
As duas lojas da Etiqueta Popular, em Porto Alegre, reúnem 25 cooperativas cadastradas no projeto Ações Coletivas e participantes do Fórum Metropolitano de Associados, com cerca de 200 componentes que integram políticas públicas de geração de renda do município, coordenadas pela Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic).
Segundo dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego de Porto Alegre, fechados em 2000, 34,2% dos 100 mil trabalhadores por conta própria na cidade eram mulheres.