Sérgio Amaral dá prazo para que setor privado desemperre votação da reforma tributária

28/06/2002 - 13h59

Rio, 28 (Agência Brasil - ABr) - O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, disse, hoje, que deu duas semanas de prazo para que o setor privado resolva as diferenças que estão bloqueando a votação da reforma tributária da exportação no Congresso Nacional. O ministro afirmou ter ficado "decepcionado" com a falta de acordo da classe empresarial nos projetos de reforma do PIS/Cofins e da retirada do sistema da cascata para o ICMS.

"Não que as objeções sejam legítimas, mas essas diferenças setoriais têm que ser acomodadas dentro de um objetivo comum, que é o de dar mais racionalidade ao sistema tributário e não penalizar aquelas cadeias produtivas que agregam mais valor", desabafou o ministro, explicando que os setores de serviços, soja e carne são os mais irredutíveis em aceitar acordos.

Sérgio Amaral participou, no auditório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da abertura do seminário sobre "As Exportações de Serviços Brasileiros: Realidade e Perspectivas" e, depois, se reuniu com os presidentes da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Antônio Oliveira Santos; da Associação dos Exportadores Brasileiros (AEB), Benedicto Moreira; e da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), João Sá; para reiterar o pedido já feito à Federação das Indústrias de São Paulo.

"Acredito que as representações empresariais chegarão a um acordo até o dia 6 de agosto, quando os projetos devem ser novamente apreciados no Congresso Nacional", afirmou o ministro.