Força-Tarefa vai coordenar ações de combate ao crime no Rio

28/06/2002 - 19h34

Brasília, 28 (Agência Brasil - ABr) - O coordenador da Força -Tarefa de combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, Getúlio Bezerra dos Santos, tranqüilizou hoje o comando da polícia do estado de que não haverá qualquer intervenção federal no trabalho já desenvolvido pela segurança pública estadual. Segundo o delegado da Polícia Federal, o papel da Força-Tarefa será coordenar ações de inteligência para dar respostas pontuais às três questões mais graves no estado: as drogas, o contrabando de armas e a lavagem de dinheiro.

Em reunião no Palácio da Alvorada, o presidente Fernando Henrique Cardoso garantiu ao delegado e ao ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, que disponibilizará os recursos para que as dez medidas já anunciadas pelo Executivo para o combate à violência no Rio de Janeiro sejam viabilizadas. "O presidente disse que está determinado a manter as medidas tomadas pelo governo federal. Certamente teremos os recursos", disse Getúlio dos Santos.

O delegado admitiu que existe carência de recursos para executar os trabalhos da Força-Tarefa, mas garantiu que o Executivo irá disponibilizar o que for necessário. "Quem dá a missão, dá os meios", disse. Ele destacou ainda que o trabalho será desenvolvido com o efetivo da Polícia Federal e das polícias estaduais, utilizando a capacidade e mecanismos disponíveis.

Na avaliação de Getúlio dos Santos, em 90 dias a Força-Tarefa deverá ter implantado uma unidade modelo de repressão às drogas no Rio de Janeiro, além de ter viabilizado todas as ações planejadas para o estado. "Se eu conseguir nesse período, a missão estará cumprida", enfatizou.

O delegado espera ter pronto até o final da próxima semana todo o planejamento das medidas que serão adotadas pela Força-Tarefa. Ele disse que não vai restringir suas ações apenas ao estado do Rio, mas combater o tráfico de drogas em países vizinhos ao Brasil e os centros de produção de maconha no Nordeste. "Existe um varejo que deve ser combatido", resumiu. (Marcos Chagas e