Programa de combate à malária diminui doença nos dois últimos anos

24/02/2002 - 18h29

Brasília, 24 (Agência Brasil - ABr) - O lançamento de um plano de controle da malária conseguiu dimininuir em 40% o número de casos da doença entre 1999 e dezembro de 2001. Os casos que chegavam a 635 mil caíram para 380 mil, depois do lançamento do programa em 2000. Desse total, 99,7% estão localizados na Amazônia Legal, que engloba sete estados do norte, acrescido do Maranhâo e Mato Grosso.
Mas o governo espera uma queda ainda maior até o final do ano, que deverá registrar 270 mil casos. Um número bem menor que o previsto antes do lançamento do plano de controle, quando o governo temia que o número de casos alcançasse o assustador índice de um milhão de casos.
O controle da malária é uma parceria entre estados, municípios e Ministério da Saúde. Segundo o coordenador Nacional de Ações da Malária da Fundação Nacional de Saúde, Dr. José Lázaro de Brito Landislau, o plano agilizou o diagnóstico da doença e, conseqüentemente, o tratamento da doença. Além da parceria com estados e municípios, o governo também conta com o apoio de agentes comunitários, que estão se unindo para ajudar no combate à doença. "No início de janeiro o Ministério da Saúde publicou uma portaria normativa para combate da malária e dengue como ações de rotinas dos agentes comunitário", explicou o coordenador da Funasa.
A Funasa também está de olho no combate da doença em áreas indígenas e conseguiu diminuir em 50% o número de casos entre os índios, que caiu de 26.838 para 13.313 casos. Além disso, o governo está intensificando o combate à doença nas fronteiras, evitando que a doença venha de outros países que nâo fazem controle da doença.
Na próxima semana, o coordenador da Funasa, Jóse Landislau, vai participar de uma reunião com representantes da Argentina e Paraguai para evitar que a doença possa penetrar no país pela Região Sul. Segundo ele, a região não apresenta problemas mas é preciso uma vigilância e controles constantes, já que houve problemas de contaminação em tribos do Mato Grosso do Sul e Paraná, vindos da fronteira com o Paraguai.