Brasília, 24 (Agência Brasil - ABr/CNN) - O governo de Israel decidu reduzir as restrições à livre movimentação de Yasser Arafat permitindo que o presidente da Autoridade Palestina saísse do complexo administrativo de Ramallah onde se encontra confinado, mas não da cidade. Arafat só poderia deixar Ramallah, na Cisjordânia, mediante uma autorização especial, de acordo com a decisão tomada hoje pelo gabinete de segurança do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon. As informações são da CNN.

A medida foi aprovada por 12 votos a favor e duas abstenções. Segundo comunicado divulgado pela assessoria de Sharon, o cerco com tanques ao prédio de Arafat seria desmontado.

As Forças de Defesa de Israel impuseram o bloqueio a Arafat em dezembro de 2001. Bombardeios aéreos israelenses também destruíram dois helicópteros usados pelo presidente palestino em seus deslocamentos pela Cisjordânia e Gaza. Os ataques seguiram-se a uma onda de atentados a bomba suicidas realizados por militantes palestinos, em que mais de 20 israelenses morreram.

Israel estabeleceu duas condições que devem ser atendidas antes de analisar o fim às restrições de viagem a Arafat: que os assassinos do ministro do Turismo israelense Rechavam Zeevi, em outubro, sejam detidos e julgados, e que os responsáveis por um esquema de tráfico de armas, a bordo de um navio capturado por Israel no Mar Vermelho, em dezembro, sejam identificados e punidos.

Na semana passada, Arafat anunciou a detenção de dois homens suspeitos de assassinar Zeevi. Arafat disse que um terceiro homem, que teria ordenado o atentado, também foi detido. A Autoridade Palestina também já anunciou a detenção de uma pessoa envolvida com o navio capturado por Israel.