Brasília, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr) – O senador Olivir Gabardo, que assumiu nesta semana como primeiro suplente do senador Álvaro Dias (PDT-PR) e estava sem partido, filiou-se hoje ao PSDB. Da tribuna do Senado, Olivir Gabardo disse que retornava com "honra e alegria" ao partido, depois de ter deixado o PDT. Gabardo já presidiu o PSDB no Paraná e, nestas eleições, ficou insatisfeito porque não foi mantida no estado a coligação nacional do PDT-PT. O senador atribuiu a isso a derrota de Álvaro Dias, que disputou o governo do Estado com o senador peemedebista Roberto Requião.
Recife, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - Foi sepultado hoje, no cemitério Parque das Flores, o corpo do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico do município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana de Recife, Byron Sarinho, 60 anos, que cometeu suicídio na tarde de ontem, no apartamento onde residia sozinho, no centro da capital - pernambucana.
O crime, premeditado nos mínimos detalhes, que inclui até a escolha da roupa com que deveria ser sepultado, surpreendeu a família, os amigos e a classe política, já que ele era ex-vereador, ex-deputado estadual e dirigente do PPS pernambucano.
Byron deixou uma carta de despedida justificando que seu gesto foi racional, motivado por não aceitar a aproximação da velhice que, segundo ele, vem acompanhada de desconforto, sofrimento e restrições.
"A verdade é que nunca me preparei para ser idoso. E se minha vida ainda está bem razoável para um sessentão - porque tenho que esperar o pior para mim e para as pessoas queridas?", afirma na carta.
"O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Elias Gomes contou que o secretário tinha pedido há pouco tempo, a substituição na função, e que vinha se queixando de dor de cabeça há cinco dias.
Elias enfatizou que Byron era um político competente, articulado honesto e preparado para exercer qualquer função pública no país.
O senador Roberto Freire, presidente do Partido Popular Socialista, PPS, disse que a legenda perdeu um dos seus mais ilustres dirigentes, democrata e humanista, amante da cultura e do povo pernambucano.
São Paulo, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O dólar comercial está sendo negociado, no mercado de câmbio paulista, a R$ 3,625 para compra e a R$ 3,635 para venda. No paralelo, a moeda norte-americana vale R$ 3,50 para compra e R$ 3,60 para venda.
Brasília, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - As seguintes fotos estão à disposição dos jornais na Internet.
Foto 12 - O presidente da União Agroindústria Canavieira de São Paulo, Eduardo Carvalho, dá entrevista. (Foto: Victor Soares - ABr - hor.12)
Foto 13 - O presidente da União Agroindústria Canavieira de São Paulo, Eduardo Carvalho, dá entrevista. (Foto: Victor Soares - ABr - vert.13)
Foto 14 - Reunião do secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pedro Camargo, com representantes do setor sucroalcooleiro. (Foto: Victor Soares - ABr - hor.14)
Foto 15 - O secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pedro Camargo, reúne-se com representantes do setor sucroalcooleiro. (Foto: Victor Soares - ABr - vert.15)
Foto 16 - O secretário de Produção e Comercialização do Ministério da Agricultura, Pedro Camargo, reúne-se com representantes do setor sucroalcooleiro. (Foto: Victor Soares - ABr - hor.16)
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São Paulo, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - A Bolsa de Valores de São Paulo opera em alta de 0,18%, com o Ibovespa em 9.738 pontos. Até as 16h02, foram negociados 43,32 milhões de títulos, no valor de R$ 282,205 milhões. Maiores altas: AES Elpa ON (12,5%), Siderúrgica Nacional ON (4,1%) e Telemar PNA (2,9%). Maiores baixas: NET PN (17,5%), Itausa PN (3,3%) e Tele Celular Sul PN (2,8%).
Brasília, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr/CNN) - O Iraque decidiu hoje aceitar a resolução das Nações Unidas que ameaçava o país com "conseqüências sérias" caso não concordasse com o retorno dos inspetores de armas. O anúncio foi feito pelo embaixador iraquiano na ONU, Mohammed Al-Douri. Ele afirmou que seu país está "ansioso" pela volta dos inspetores. Segundo Al-Douri, o Iraque não tem nada a temer porque está "limpo", ou seja, não dispõe de armas de destruição em massa – químicas, biológicas ou nucleares. As informações são da CNN.
Com a decisão do governo de Saddam Hussein, a ONU despachará uma equipe avançada de inspetores para Bagdad nesta sexta-feira (15). A chegada ao país do Golfo Pérsico está prevista para o domingo (17).
Al-Douri fez o anúncio apenas um dia após a Assembléia Nacional do Iraque ter recomendado a Saddam que rejeitasse a resolução da ONU. A votação no Parlamento, porém, não era obrigatória, significando que a última palavra caberia ao presidente.
Na sede da ONU, em Nova York, o embaixador Al-Douri leu a carta recebida de Bagdad, comunicando a decisão. "Estamos ansiosos para vê-los (os inspetores) desempenhando suas obrigações em acordo com a lei internacional", disse. "Estamos preparados para receber os inspetores dentro do prazo determinado".
Indagado por que o governo de Bagdad havia decidido acatar a ONU, Al-Douri foi enfático: "Estamos sempre optando pelo caminho da paz".
Segundo a resolução aprovada há cinco dias pelo Conselho de Segurança da ONU, o Iraque tinha prazo até a próxima sexta-feira para responder se aceitava ou não o retorno dos inspetores de armas.
A equipe avançada da ONU será encabeçada pelo chefe da comissão de inspeções de armas da organização, Hans Blix, e pelo diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Mohamed El Baradei.
Brasília, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputado José Dirceu (SP), desculpou-se publicamente hoje por não ter conversado com o ex presidente da República e atual governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB), sobre as articulações promovidas pelos dois partidos, para garantir, respectivamente as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a partir do ano que vem.
"As declarações do governador Itamar Franco por mim são ouvidas e acatadas. Primeiro, porque é um amigo meu, segundo, porque trata-se de alguém que eu respeito e por quem tenho afeto. Então, eu me penitencio por não ter telefonado antes para o governador Itamar Franco, por não ter-lhe informado que ia fazer uma reunião com o presidente do PMDB (MIchel Temer)".
Em entrevista coletiva concedida na tarde de hoje no Escritório de Transição Governamental, José Dirceu destacou, entretanto, que não tinha nenhuma obrigação de comunicar a Itamar seu encontro com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), ocorrido no início da semana passada. "Eu não teria a obrigação de fazê-lo, mas, pelo apoio que ele deu ao Lula, pela amizade que eu tenho com ele, eu me penitencio de não ter feito isso. Peço desculpas a ele em público por isso. Compreendo a reação que ele tem, mas, evidentemente, nós não fizemos nenhum acordo com o PMDB. Todo o país sabe que discutimos a questão da Câmara e do Senado".
São Paulo, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - O governador reeleito do Mato Grosso do Sul, José Orcírio MIranda dos Santos, o Zeca do PT, defendeu a renegociação das dívidas dos estados com a União. Para ele, o comprometimento da receita com a dívida deve ser igual para todos os estados. Este foi um dos temas discutidos no encontro que o governador teve com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
"São Paulo só compromete 10%. Porque o Mato Grosso do Sul, que é um estado pequeno, tem que comprometer 17%? Tá errado", afirmou. A dívida do estado é de R$ 4,7 bilhões. Segundo o governador, R$ 20 milhões, que representam 17% da arrecadação mensal de R$ 130 milhões, são transferidos para a União. Ele defendeu também a revisão da Lei Kandir.
Brasília, 13/11/2002 (Agência Brasil - ABr) - Brasília teria o mesmo traçado moderno se fosse outro o projeto vencedor do concurso realizado para escolha do plano piloto da nova capital federal, em 1957. É o que detectou a arquiteta Aline Moraes Costa, em tese de mestrado em História da Arte, defendida há pouco mais de um mês, pela Unicamp. Ela atribui o fato à influência das teorias e dos conceitos do urbanismo moderno de Le Corbusier, arquiteto franco-suíço, que, na época, influenciava também a arquitetura mundial. Ela descobriu mais. Os concorrentes acreditavam que Lúcio Costa, o vencedor do projeto, fora favorecido pela equipe julgadora. O concurso, era evidente para esses profissionais, fora promovido para que Lúcio Costa ganhasse. Eles, inclusive, usam como argumento o fato do urbanista ter feito sua inscrição depois do prazo previsto. A matéria completa, com as conclusões da arquiteta, está no Serviço de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, da Agência Brasil, que é atualizado, agora, diariamente e não mais só às sextas-feiras.
Projeto original do Plano Piloto, de Lúcio Costa
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Brasília, 13/11/2002 (Agência Brasil – ABr) – Considerada por alguns a contribuição artística brasileira mas importante no século XX, mais representativa inclusive que a Bossa Nova e o Cinema Novo, Brasília teria outra feição caso fosse outro o projeto vencedor do concurso instituído, em 1957, pelo presidente Juscelino Kubitschek, para a escolha do plano piloto da nova Capital Federal.
Segundo Aline Moraes Costa, Brasília nasceria com formas bem diferentes se não fosse de Lúcio Costa o projeto vencedor. Contudo, informa ela, a característica mais marcante da cidade, a modernidade de seu traçado, estaria mantida fosse escolhido qualquer um dos 26 projetos apresentados. "Apesar dos trabalhos terem grandes diferenças, a concepção da cidade era a semelhante. Todos os projetos eram influenciados pelos conceitos do urbanismo moderno e pelas teorias de Le Corbusier", explica. Aline defendeu há pouco mais de um mês uma dissertação de mestrado em História da Arte, junto ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp sobre o concurso do plano piloto de Brasília sob orientação do professor Marcos Tognon.
Como explica a arquiteta, a Capital Federal surgiu num momento em que as teorias de Le Corbusier dominavam a arquitetura mundial e, ainda que o edital do concurso não faça nenhuma citação as idéias do arquiteto franco-suiço, apenas um dos projetos não citou a Carta de Atenas, manifesto publicado pelo Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (Ciam), em 1933, que preconizava a adoção de um urbanismo diferenciado com clara divisão entre os espaços de moradia, trabalho e entretenimento. Além de definir os objetivos do urbanismo moderno, a Carta trazia um modelo de cidade planejada por Le Corbusier, A Cidade Radiosa.
Tanto Brasília, quanto Radiosa, estavam estruturadas em quatro pontos fundamentais: descongestionamento do centro das cidades, aumento da densidade do centro das cidades; aumento dos meios de comunicação e aumento das superfícies arborizadas. Numa simplificação das teorias de Le Corbusier ele pontificava que trabalho, casa, equipamentos coletivos (creche, escola primária, igrejas, centros culturais, pontos comerciais) e as opções de lazer deveriam estar próximos, facilitando a circulação.
Na verdade, explica Aline, o foco da discussão não era uma cidade que funcionasse melhor, mas que fosse funcional para todos e repartisse com eqüidade entre os cidadãos os benefícios dos possíveis melhoramentos. "Naquele período, os arquitetos acreditavam num mundo melhor pelo urbanismo, salvar a humanidade por meio da arquitetura", destaca ela. A própria composição do júri do concurso, com profissionais que defendiam a moderna arquitetura, deve ter influenciado no desenvolvimento dos projetos para o plano piloto", acrescenta.
Projeto classificado em segundo lugar tem formas modernas como o de Lúcio Costa
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Brasília surgiu em um momento em que a Ciam começava a questionar a operacionalidade de uma cidade como Radiosa. A situação da Europa, em recuperação da Segunda Guerra e características particulares dos EUA não permitiram a realização de projetos grandiosos como esse. A construção de Chandigarh, capital da província de Punjab, na Índia, entre 1951 e 1956, idealizada por Le Corbusier, também contribuiu para um desânimo em torno das idéias. A cidade não se adequava aos hábitos e clima da região. Por isso, diz Aline, quando o concurso do plano piloto foi lançado ninguém mais sonhava com a realização da cidade revolucionária.
Apesar disso, a receptividade à Brasília foi a melhor possível no exterior. Jornais e revistas do mundo todo divulgaram fotos e matérias descrevendo os edifícios oficiais. Como diz o crítico de arquitetura André Corrêa do Lago: "a arquitetura de Niemeyer não parecia querer impressionar e agradar especialistas, mas sim o público em geral. Tudo que se via nas fotos transmitia otimismo, leveza e ingenuidade. Brasília parecia provar que a arquitetura moderna havia chegado, com êxito, ao monumental".
Esboços do traçado básico do Plano Piloto
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Ainda que a análise atual da cidade não conste do objeto de estudo da dissertação, Aline acredita que a Brasília de hoje é menos fruto do projeto de Lúcio Costa que resultado da ação de diversos fatores, como a especulação imobiliária, os anos de regime militar e mesmo a mudança de alguns detalhes do projeto. "Muitos culpam Lúcio Costa por ter criado uma cidade elitizada, mas nesse caso o arquiteto não teve como interferir diretamente na realização da obra. Inclusive um projeto criado pelo arquiteto que previa a construção de casas populares no plano piloto foi rejeitado pelo Senado", justifica.
Foram três anos de pesquisa para que Aline chegasse às 620 páginas que constituem (Im)possíveis Brasílias – Os projetos apresentados no concurso do plano piloto da nova capital federal. Como a Novacap – companhia responsável pela construção da cidade – não tem a documentação de todos os projetos concorrentes, a pesquisadora teve que percorrer o país atrás de arquitetos, entrevistando-os e recolhendo documentações. "Consegui encontrar dez arquitetos ainda vivos, alguns inclusive ativos", conta. No caso dos profissionais já falecidos, ela conversou com familiares ou com responsáveis pelo acervo. "Houve quem não guardou o projeto, mas se dispôs a desenhar croquis", informa.
Enquanto Aline busca financiamento para a publicação do livro, estuda projetos para a transformação do material em CD-ROM e disponibilização de uma página eletrônica na internet. "É um material excelente. Os arquitetos opinaram sobre o resultado do concurso, contaram como receberam a desclassificação. Muitos concordaram com a vitória de Lúcio Costa, outros choraram pela injustiça", comenta. A arquiteta espera que especialmente o Governo do Distrito Federal se interesse pelo material, visto que se trata da própria história da Capital.