Érica Santana
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Nem sempre as pequenashidrelétricas têm baixo impacto ambiental, e nem sempreas grandes têm alto impacto. A observação édo presidente substituto do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente edos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), MárcioFreitas."Existem várioscasos de PCH [pequena central hidrelétrica] que temalto impacto ambiental, assim como existem casos de usinas grandesque têm pouco impacto ambiental”, disse, em entrevista àAgência Brasil. “No caso de PCH , muitas vezes háo comprometimento de uma alça de um rio, ou de alguma situaçãode desvio do canal principal do condutor que também pode seridentificado como um impacto significativo". De acordocom a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), paraser classificada como PCH a central deve ter potência entre1.000 e 30.000 kilowatts. Atualmente, segundo dados do CentroNacional de Desenvolvimento de Pequenas Centrais Hidrelétricas, operam no Brasil 253 usinas desse porte, responsáveispor 1,35% da capacidade instalada das usinas em operação.Ao ser perguntado se é possível o Brasilaumentar seu potencial energético sem comprometer o meioambiente, o presidente substituto do Ibama disse que éimpossível gerar energia sem impactar a natureza. "Nenhumaforma de geração de energia prescinde de algum tipo deimpacto ambiental. Então, a questão que se coloca équal é a viabilidade da geração de energia,frente ao custo que essa energia implica. Seja do ponto de vistaambiental, econômico ou social. Essa é uma discussãoque o país tem que fazer", defendeu. MárcioFreitas destacou, no entanto que o Brasil pode crescer e ainda assimmanter a sua diversidade biológica.