Ex-diretor do Senado depõe e nega ter nomeado servidora do gabinete de Demóstenes Torres

02/07/2009 - 21h03

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor da Polícia do Senado, Pedro RicardoCarvalho, informou há pouco que o ex-diretor-geral da Casa Agaciel Maianão reconheceu as assinaturas que constam em três atos secretosenvolvendo a nomeação e a exoneração de Lia Raquel Monturil Vaz Souza dogabinete do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Carvalho disse, ainda,que o ex-diretor fez novas denúncias de irregularidades na instituição,mas elas não envolveriam senadores. O próximo a ser ouvido será oex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi.Agaciel foiinterrogado, por mais de quatro horas, no inquérito da Políciado Senado que investiga a prática de nomeação e exoneração defuncionários, por meio de atos secretos, em gabinetes de senadores, semo conhecimentos dos parlamentares. A investigação foi iniciada a partirda denúncia feita por Demóstenes Torres de que Lia Raquel teria sidonomeada para uma função no seu gabinete.Diante da negativa deAgaciel da autoria do ato administrativo, o diretor da Polícia doSenado informou que pedirá uma perícia no documento original paracomprovar se as assinaturas são de Agaciel ou de outra pessoa. Carvalhotambém afirmou que convocará Zoghbi para depor. “Ele disse que aassinatura não é dele e teremos que pedir uma perícia para comprovar”,explicou.Segundo o diretor,Agaciel teria sido bastante detalhista nas respostas e disse que foiZoghbi quem trouxe Lia Raquel para o Senado. “Ele disse que a Liaentrou no Senado por meio do Zoghbi e não dele [Agaciel]. Então, vamoschamar o Zoghbi para ser ouvido sobre esse fato.”Inicialmente,Carvalho descartou a possibilidade de acareação entre os doisex-diretores. Ao fim das investigações, acrescentou, se houvercomprovação de práticas criminosas, os envolvidos poderão serindiciados e responder criminalmente.