Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Opresidente da Colômbia, Alvaro Uribe, afirmou hoje (2) queapenas o Comitê Internacional da Cruz Vermelha estáautorizado a fazer o resgate de reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A expectativa é que dois reféns sejam libertados a partir de hoje. O anúncio do líder colombiano exclui da operação a organização civil a que pertence a senadora opositora Piedad Córdoba – que participou de outros resgates.“Autorizaexclusivamente o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e seuapoio logístico, outorgado pela República Federativa doBrasil, a continuar nesta operação [de resgate aosseqüestrados], suficiente para um ato humanitário”,disse o presidente colombiano.Uribe elogiou a participação brasileira ontem (2) no resgatede quatro reféns colombianos mantidos pela guerrilha e negouque tenha havido qualquer tipo de ofensiva militar durante o períodona selva colombiana.“Ogoverno, em solidariedade aos seqüestrados e às suasfamílias, facilitou desde o começo o processo ea liberação. O governo cumpriu com o prometido. Anecessidade humanitária de libertar os seqüestrados temsido utilizada, diferente do que foi acordado, como incitaçãoe estímulo ao grupo seqüestrador, narcotraficante eterrorista das Farc”, afirmou Uribe.Opresidente colombiano lembrou que, pouco tempo após o resgatedos quatro reféns, terroristas das Farc explodiram umcarro-bomba na cidade de Cali. Ao final, ele ressaltou que o governodo país não pode permitir que o terrorismo siga“fazendo festa” com a dor dos reféns e de suas famílias.
Emdezembro, as Farc anunciaram que iriam soltar seis seqüestrados.Após o resgate de Walter Lozano, Juan Galicia, Alexis Torres eWilliam Dominguez, a previsão é que os outros doisreféns – o ex-governador do departamento de Meta Alan Jara eo ex-deputado regional do departamento de Valle del Cauca SigifredoLopéz – sejam libertados a partir de hoje.