Dificuldades enfrentadas pelas mulheres é tema de simpósio em São Paulo

02/02/2009 - 21h50

Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Começou hoje (2), em São Paulo, oSimpósio Internacional da Federação DemocráticaInternacional de Mulheres. No primeiro dia do evento, as delegaçõesdo Brasil, de Cuba, da Índia, de Portugal e de outros paísesde Língua Portuguesa como Angola, Moçambique, SãoTomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cabo Verdeparticiparam do painel de combate à violência contra amulher. A coordenadora da mesa, a secretaria-geral daFederação Nacional de Mulheres Indianas (Nfiw),Annie Raja, afirmou à Agência Brasilque as dificuldades enfrentadas pelas mulheres são semelhantesem todo mundo. "A globalização transforma mulheresem commodities", disse. Para Raja, estar no Brasil é importanteporque o país se destaca pela sua mobilizaçãosocial. "Aqui há uma boa demanda pelos direitos dasmulheres. É importante estar aqui para trocar experiênciasde como conseguiram tais avanços", afirmouA indiana revelou que houve um progresso no que serefere aos Direitos Humanos e o das Mulheres no mundo, mas que aindahá muito por fazer. "Não temos os mesmos direitosque os homens", disse.Segundo Flavia Antunes, assessora internacional daSecretaria de Assistência Social e Direitos Humanos do estadodo Rio de Janeiro, o simpósio facilita a troca de experiênciapositivas em cada país: "Conversei com uma representantede Cabo Verde sobre o nosso Centro Integrado de Atençãoà Mulher (Ciam) e em como poderíamos implantar lá".A assessora afirmou que o Brasil ocupa uma posiçãode destaque quando comparado a outros países no quesito dosdireitos e proteção às mulheres. "Temos leis e estruturas governamentaisespeciais, porém é preciso mobilizar e integrardiferentes secretarias para solucionar os problemas", disse.Segundo Flavia, questões como o tráfico internacionalde pessoas não dependem apenas de um órgão. "Épreciso juntar as Secretarias de Segurança Pública,Saúde e Social", disse.