Conselho do Fórum Social Mundial se reúne para fazer balanço do evento

02/02/2009 - 18h51

Amanda Mota
Enviada Especial
Belém - O balanço final do 9º Fórum Social Mundial (FSM)será realizado amanhã (3) pelos representantes de 150organizações da sociedade civil de 130 paísesreunidos em Belém, capital do Pará. Os participantes doencontro compõem o Conselho Internacional do Fórum, quetambém é responsável pela promoçãoda reunião de avaliação.De acordo comSalete Camba, que integra o Conselho, além do balançofinal, a entidade também pretende tratar, na reunião,de assuntos pertinentes à próxima ediçãodo Fórum e das propostas formuladas no evento deste ano. Saleta Camba fez uma avaliação positivo do 9ºFSM."O saldo deste Fórum é altamentepositivo. Esse foi um dos Fóruns que possibilitou a melhorintegração entre diferentes povos. Só da AméricaLatina foram mais de quatro mil organizações. Isso semfalar de quilombolas, ribeirinhos, indígenas, que totalizaramquase dez mil pessoas. Daqui sairão articulaçõesestratégicas para que povos diversos possam estar maisfortalecidos para enfrentar problemas como a crise econômicamundial", disse.Na avaliação de SaleteCamba, a Amazônia como base para a realização doFórum foi elemento chave. "O evento em si é aculminância de um processo de discussões. A Amazôniacomo sede do evento por si só já apresentava um grandeapelo por se tratar de uma região de interesse mundial, peloseu meio ambiente e povos", afirmou.De 28 de janeiro a1º de fevereiro de 2009 – período de realizaçãodo FSM de 2009 – a cidade de Belém recebeu, segundo osorganizadores do evento, 133 mil pessoas que compuseram a lista departicipantes do evento. No total, entre trabalhadores eparticipantes, o FSM contabilizou a presença deaproximadamente 150 mil pessoas.Segundo a organizaçãodo evento, o FSM, em Belém, teve como um dos pontos altos amaior participação de negros, indígenas equilombolas em comparação aos fóruns Anteriores.Para o assessor técnicoda Coordenadoria Andina das Organizações Indígenas,Roberto Espinoza, o principal resultado do FSM da Amazônia foia popularização do evento, possibilitando, inclusive, amaior participação de indígenas. Espinozaparticipou das três edições anteriores do fórume representa indígenas do Peru, Colômbia, Argentina,Chile e Bolívia."As lutas dos povos indígenas,hoje, estremecem em todo mundo porque existe uma pressão muitogrande pelo consumo e uma busca sem fim pelas riquezas naturais, queem muitos casos estão em terras indígenas. É porisso que os indígenas estão no centro das contradiçõesmundiais e da sobrevivência humana. Esperamos que as discussõesaqui travadas se ampliem e sejam levadas adiante", afirmou.