Após eleições no Congresso, governo defende um reequilíbrio de forças

02/02/2009 - 19h55

Carolina Pimentel e Luciana Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Depois de o PMDBconquistar hoje (2)  as Presidências do Senado e da Câmara pelospróximos dois anos, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio,deixou a reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silvafalando da necessidade de se fazer um reequilíbrio de forças dentro dabase aliada. “Não houve surpresa. Todo mundo já imaginava comoseria o resultado. Entendemos que as duas Casas são soberanas eexperientes para escolher seus representantes”, afirmou. “Nós jávínhamos trabalhando com o PMDB. Agora, só reequilibrar as forças, asdemandas e manter o diálogo”, completou o ministro, sem detalhar comoserá a acomodação das forças políticas, apenas informando que daráinício às conversas na próxima semana.Múcio garantiu que oscargos ocupados pelos peemedebistas no Executivo serão mantidos. “Osministérios se mantêm os mesmos”, disse. “Por mais democrático queseja, sempre depois do resultado há sempre o ressentimento. Osvitoriosos com alegria e os ressentidos com a tristeza da derrota, maso governo entende que foi livre a escolha dos parlamentares”, afirmou. Questionadose o Palácio do Planalto recebeu as vitórias do PMDB com alegria ouressentimento, o ministro esquivou-se na resposta: “O Palácio está coma consciência tranqüila de que as Casas está em mãos responsáveis,experientes”.Durante a reunião ministerial, que durou dez horasna residência oficial da Granja do Torto, Lula e os ministros foramavisados sobre o andamento das eleições e o resultado por meio demensagens recebidas de interlocutores e conversas paralelas, comorelatou José Múcio. Após a entrevista à imprensa, Múcioinformou que iria parabenizar o deputado Michel Temer (PMDB-SP), eleitopresidente da Câmara com 304 votos. Já José Sarney (PMDB-AP) teve 49votos, contra 32 do adversário, o petista Tião Viana (AC). É a terceiravez que Temer e Sarney ocupam os comandos das duas Casas do Legislativo. Osúnicos ausentes ao encontro com o presidente Lula foram os ministros deMinas e Energia, Edison Lobão, representado pelo seusecretário-executivo, e Nilcéa Freire, a Secretaria Especial dePolíticas para as Mulheres. Foi a primeira reunião ministerial do ano.