Aposentados querem reajuste de benefício compatível com aumento de gastos

24/01/2009 - 16h10

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A comemoração do Dia Nacional do Aposentado realizada hoje (24) em SãoPaulo teve festa, música, esporte, sorteios e também muita reivindicação. Oevento organizado pelo Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas eIdosos (Sindnapi) foi marcado, principalmente, por pedidos de mudança nafórmula usada pelo Ministério daPrevidência Social para reajustar os valores dos benefícios Representantes da classe que discursaram na festa afirmaramque a alíquota que baliza o reajuste do salário mínimo, o Índice Nacional de Preço ao Consumidor(INPC), não acompanha o aumento dos principais gastos de um aposentado:remédios, planos de saúde e contas como de água e de energia.“O INPC, pelo o que eu vi, deve fechar o ano em cerca de6%”, afirmou o presidente do Sindnapi, João Batista Inocentini. “Já os planosde saúde subiram 11%; os remédios, 8%.”Segundo ele, dos cerca de 26 milhões de brasileiros querecebem algum benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 18milhões ganham um salário mínimo e, por isso, têm um aumento razoável todo ano.A partir de 1º de fevereiro, por exemplo, terão seu ganho reajustado em 12% – deR$ 415 para R$ 465.Entretanto, Inocentini lembra que os 8 milhões deaposentados restantes terão um reajuste de cerca de 6%. “Isso tira o poder de compra do aposentado”, reclamou.O presidente do Sindnapi pediu ainda melhorias no novosistema de concessão de benefícios, que permite que trabalhadores seaposentem em meia-hora. Segundo ele, o sistema é um avanço, mas ainda precisaser ampliado para atender a todos que precisam e não só os que têm seus dados disponíveis no banco de dados do INSS.