Ivy Farias
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A defesa do petróleo e uma relaçãomais intensa com os movimentos sociais urbanos estão na pautado Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) para ospróximos anos. A organização estácomemorando este ano os 25 anos de fundação. De acordo com um dos coordenadores nacional, JoãoPaulo Rodrigues, o MST continua na sua luta pela reforma agrária,mas passará a defender outras bandeiras. "Vamos fazer oque for necessário para defender o petróleo e a camadapré-sal. Temos o direito de opinar sobre o petróleo",disse, durante entrevista coletiva à imprensa em SãoPaulo.O embrião do que viria ser o MST surgiu em1979, quando trabalhadores rurais sem terra ocuparam áreas daFazenda Sarandi, no Rio Grande do Sul. Essas áreas setransformariam no acampamento Encruzilhada Natalino. Em 1984,trabalhadores que participaram dessas ocupações e deoutras, como a Fazenda Anoni, criaram o Movimento dos TrabalhadoresRurais Sem Terra, o MST, durante o 1º Encontro Nacional dosTrabalhadores Sem Terra, em Cascavel (PR).Rodrigues informou que nenhuma autoridade dogoverno foi convidada para os eventos comemorativos. "a ocasiãoé para celebração da reforma agrária e osnúmeros do atual governo não têm nada paracomemorar", afirmou. De acordo com os dados do MST, no primeirogoverno do presidente Lula foram assentadas 192.257 famílias.O coordenador também falou da posturapolítica do MST em relação ao atual governo.Segundo Rodrigues, a organização não éoposição e nem da base de apoio, “mantemos a nossaindependência política”. E afirmou: "Lula énosso amigo, mas também é amigo dos nossos inimigos, osruralistas e usineiros".