Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Anfitriãda nona edição do Fórum Social Mundial (FSM),Belém, capital do Pará, teve que multiplicar acapacidade hoteleira e recorrer à hospedagem alternativa parareceber os cerca de 120 mil participantes esperados pela organizaçãodo evento entre os dias 27 de janeiro e 1° de fevereiro.
Por causado Fórum, a cidade recebeu cerca de R$ 13 milhões eminvestimentos turísticos do governo federal em parceria com ogoverno do estado. O dinheiro, de acordo com a Companhia Paraense deTurismo (Paratur), foi aplicado em infra-estrutura, sinalizaçãoe qualificação de pessoal.
Paracomplementar as 8 mil vagas disponíveis na rede hoteleiraconvencional, o esquema de hospedagem dos participantes teve que incluir casasde família, alojamentos em ginásios e escolas eacampamentos nos campi das universidades Federal do Pará(UFPA) e Federal Rural da Amazônia (UFRA).
“Osistema de hospedagem alternativa e em residências jáfoi utilizado em outros fóruns. Conseguimos levantar mais de85 mil vagas na cidade”, aponta Kátia Barros, coordenadorado Núcleo de Registro e Qualidade da Paratur.
Segundo acoordenadora, a hotelaria da cidade está em expansão epelo menos dois novos hotéis serão inaugurados para oFSM. “Como há possibilidade de Belém sediaralguns jogos da Copa do Mundo, isso também tem atraído arede hoteleira. O Fórum vai ser a oportunidade de consolidar acapital no segmento de turismo de eventos e negócios”,avalia.
Para osistema de hospedagem familiar, o cadastro de residênciascomeçou em julho de 2008 e os interessados passaram porseleção e treinamento. Há dois tipos deacomodações: simples, com banheiros coletivos, comdiárias a R$ 27,5, e superior, com banheiro individual, porR$ 38,5. Ainda há vagas disponíveis, segundo KátiaBarros.
“Oparticipante deve entrar na página do Fórum na internete acessar o contato do Instituto Iagua, ONG [organizaçãonão- governamental] responsável pelo gerenciamento dasreservas para hospedagem familiar”. Os participantes internacionaisestão dispensados da taxa de visto de entrada no Brasil.
O Fórumtambém motivou a criação de seis roteiros deturismo temporários “que têm muito a ver com o perfil dosparticipantes”, segundo Kátia. Entre os trajetos, estãoa visita a comunidades quilombolas, sítiosribeirinhos e até banho em um igarapé (braço dorio no meio da floresta).
Para quemvai a Belém para o evento, as recomendaçõessão vacina contra febre amarela e uso de repelentes. Tambémé aconselhável levar roupas leves e guarda-chuva.“Apesar de estarmos no que chamamos de nosso inverno, com climachuvoso, por causa da umidade o tempo acaba ficando mais quente,abafado. O ideal é usar roupas bem leves”, recomenda.
Segundo acoordenadora, mais de 1.500 voluntários foram treinados nasúltimas semanas e vão atuar no apoio àsatividades do Fórum nas universidades e na recepçãodos participantes no aeroporto e terminais rodoviários.