Vigilância Sanitária descarta possibilidade de dengue em Santa Catarina

20/12/2008 - 0h15

Da Agência Brasil

Brasília - Com a chegada doverão, a possibilidade de uma epidemia de dengue preocupaautoridades e especialistas sanitários em diversos estados. Umdos principais motivos é o alto índice de infestaçãodo Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença, emregiões metropolitanas. Uma das conseqüênciasdiretas das chuvas durante o verão é o aumento dacontaminação pelo mosquito, o que chegou a provocar umgrande surto no Rio de Janeiro, no ano passado.Santa Catarina é o único estadobrasileiro onde não circula o vírus da dengue, disse odiretor da Vigilância Sanitária Estadual, LuísAntônio Silva. “Apesar das enchentes que têm ocorridoem Santa Catarina, o quadro epidemiológico aponta para aperspectiva de não ser introduzido no estado o vírusda dengue no ano de 2009.”Segundo Silva, o Rio Grande do Sul teve umasituação de transmissão no ano passado – foramaproximadamente 200 casos. “Eles fizeram ações decontenção e de controle e conseguiram voltar àcondição de não-transmissão local. Em2008, no Rio Grande do Sul, não houve transmissão dedengue, assim como em Santa Catarina. A diferença éque, em 2007, principalmente na região noroeste gaúcho,houve uma situação bastante localizada comtransmissão.”

Sobre as enchentes, Silva destacouque a preocupação continua sendo a leptospirose.“Estamos no auge do período da incubação, queé de um a 30 dias. A prioridade tem sido o diagnósticoe o tratamento da leptospirose. As outras doenças, de um modogeral, são infecto-contagiosa ou transmissíveis porágua e alimento.” Ele informou que houve apenas um episódiolocalizado em Ilhota (SC), onde cerca de 60 pessoas consumiramdurante algum tempo água que não era potável etiveram um surto de diarréia.

Silva disse que é importantea colaboração da população catarinense eque o poder público – prefeituras, secretarias municipais egoverno estadual – faça sua parte do ponto de vista dasações, atividades de monitoramento e controle evigilância do mosquito Aedes aegypti.

“Sem a participaçãoda população, isso [controle da dengue] se tornadifícil, ou quase impossível.” O alerta fica paraque a população catarinense continue fazendo sua parte,principalmente não deixando criadouros naturais [domosquito], como garrafas, pneus e latas, em terrenos baldios,para evitar a proliferação do Aedes aegypti, afirmouSilva.