Mesmo com crise financeira, comércio espera aumento de vendas neste natal

20/12/2008 - 23h37

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O movimento nos shopping centers e nasfeiras das grandes capitais ainda não registra retraçãoneste mês, apesar do cenário de incertezas na economia,decorrente da crise financeira internacional. Ao contrário, oque o comércio espera, no final do mês, é umbalanço com resultados positivos em comparaçãocom o mesmo período do ano passado.O impacto do pagamento do 13º salárioa partir de novembro injetou na economia brasileira R$ 78 bilhões,o que, segundo o Departamento Intersindical de Estatística eEstudos Socioeconômicos (Dieese), dá margem ao aumentode vendas. Em outubro, houve retração geral de 8% nosetor em relação a setembro, conforme levantamentofeito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), que atribuiu o fenômeno ao início da retraçãona oferta de crédito.De acordo com o Dieese, a entrada do 13ºsalário na economia representa 2,7% do Produto Interno Bruto(PIB), a soma das riquezas produzidas no país durante o ano. Olevantamento do IBGE mostra que as vendas de automóveiscaíram, isoladamente, 19% em outubro e que não houverecuperação em novembro. No entanto, a reduçãodo Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de carros,decidida no último dia 11 pelo governo, deveráfavorecer o aumento de vendas no setor a partir deste mês.Outraopção para o consumidor é comprar pelainternet. Os preços podem ser bem reduzidos e os produtossaírem por até 30% menos do que no comérciotradicional. O Procon de São Paulo alerta, porém, paraos cuidados necessários para garantir a entrega da compra. Segundo o Procon-SP, deve-se evitar, nestaépoca, comprar coisas fazendo experiência, pois pode haverdificuldade na hora de trocar o produto. A empresa deve assumircompromissos por escrito quanto às suas responsabilidades noque diz respeito ao prazo de entrega e à garantia do produto.De acordo com pesquisa feita pela Federaçãodo Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), 60%dos consumidores ouvidos na capital pretendem dar presentes neste Natal, contra 66% em dezembro do ano passado. O preço médiodos presentes subiu de R$ 46, em 2007, para R$ 93,30 neste ano. Ositens mais procurados são peças de vestuário ecalçados (com 61% das opções), Brinquedosrepresentam 34% das escolhas e, em seguida, vêm perfumes ecosméticos, com 13%.