Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O diretor da Políciado Senado, Pedro Ricardo Araújo, afirmou hoje (8) que éimpossível transformar o Oscor 5000, aparelho de fabricaçãoamericana utilizado para detectar escutas, num instrumentopara a realização de gravaçõesclandestinas. O Senado tem dois aparelhos desse tipo. Um deles foienviado aos Estados Unidos para atualização. "Nós temosequipamentos que as pessoas estão dizendo que faz grampos. OOscor 5000 não faz grampos, nem com outro equipamentoacoplado. Quem estiver falando alguma coisa diferente disso estáfalando uma inverdade", afirmou o diretor.O aparelho do Senado éidêntico ao que a Agência Brasileira de Inteligência(Abin) tem e que teria sido utilizado para a realizaçãode escutas clandestinas do presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), Gilmar Mendes, e parlamentares, inclusive o presidente doSenado, Garibaldi Alves Filho.No caso das supostasescutas realizadas clandestinamente, Pedro Ricardo Araújoavalia que o responsável deve ter adquirido outro equipamentoque não o Oscor 5000. "Se vocêverificar o manual do fabricante vai ver que não hácomo decodificá-lo", explicou.Ele disse que existeuma aparelho de fabricação israelense capaz de grampearfacilmente telefones celulares. Em forma de maleta, como o Oscor5000, cadastra um determinado número telefônico decelular e toda vez que o telefone for usado as conversas sãoautomaticamente gravadas.