Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um relatário de mais de 20 páginas, entreguehoje (8) pela Secretaria de Polícia do Senado ao presidente Garibaldi AlvesFilho (PMDB-RN), afirma que os grampos telefônicos de autoridades, inclusivesenadores, não foram feitos nas dependências do Senado. Na semana passada, ospoliciais legislativos realizaram vistorias na central telefônica e varredurasnos gabinetes dos parlamentares supostamente vítimas dos grampos."Não há qualquer sinal de violação dacentral telefônica nem foram colocadas escutas nos gabinetes dosparlamentares", afirmou o diretor da Polícia do Senado, Pedro RicardoAraújo, após reunião com Garibaldi Alves Filho.A Polícia Federal também fez perícias, nasemana passada, nas dependências do Senado. O diretor vai solicitar, além daperícia do Senado, uma terceira avaliação a ser feita por especialistas daUniversidade de Brasília (UnB) ou da Polícia Civil do Distrito Federal.Segundo ele, o objetivo é mostrar que oSenado possui um sistema de telefonia "de ponta" e relativamenteseguro contra grampos. Pedro Ricardo Araújo considerou necessária uma terceiraperícia, na medida em que a própria Polícia Federal está sendo colocada sobsuspeição nas denúncias de realização de gravações clandestinas contraautoridades públicas.