Para o candidato Eduardo Paes, saúde é a questão mais urgente na cidade do Rio

06/09/2008 - 17h11

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O problema da saúdeé o mais urgente da cidade a ser resolvido, segundo ocandidato à prefeitura do Rio de Janeiro Eduardo Paes, que fazparte da coligação Unidos pelo Rio (PMDB-PP-PSL -PTB).Para ele, a questão da saúde é a que mais trazangústia à população carioca, que tem umarede municipal que atende muito mal às pessoas.Eduardo Paes pretende construir, em sua gestão,mais 40 Unidades de Pronto Atendimento, (UPAs) 24 horas, quecomeçaram a ser implantadas pelo atual governo de estado e quehoje já são 10. Segundo Paes, as UPAs atendem apopulação, a qualquer hora, com dignidade e respeito. Ele quer também ampliar a cobertura doPrograma Saúde da Família, para dar prioridade àpolítica de saúde preventiva. Segundo o candidato doPMDB, os postos de saúde devem funcionar em três turnos,começando mais cedo e fechando mais tarde, para que apopulação marque suas consultas e seja atendida comdignidade. Eduardo Paes disse que não é maispossível haver isolamento da prefeitura em relaçãoaos governos estadual e federal. Por meio de parcerias com as outrasinstâncias públicas, Paes espera que se tenha uma sócentral de regulação de leitos e de marcaçãode consultas para que a rede pública de saúde funcionede forma integrada. Na área de educação, ocandidato afirmou que o Rio vive uma situação“esdrúxula” devido à adoção dosistema de ciclos na rede municipal que, da forma como foiimplantado, acaba gerando uma aprovação automáticapara os alunos da rede municipal."Hoje, uma criança na escolamunicipal, passa [de série] se aprender e se nãoaprender também. Depois, quando essa criança precisarfazer uma prova de vestibular, concurso público, um teste paraemprego, lá na frente, não vai ter aprovaçãoautomática. Por isso, nós vamos acabar com isso. Vamosfazer reforço escolar e  valorizar o magistério.Nós queremos uma escola que ensine e um aluno que aprenda",disse Paes.Na área dos transportes, Eduardo Paesafirmou que a integração, principalmente  com ogoverno de estado, é fundamental. Ele quer instituir o bilheteúnico, que valerá por três horas para ospassageiros poderem usar em ônibus, trens, metrôs e barcas. Ele propõe ainda a construção decorredores de ônibus expressos. Para que o eleitor o diferencie dos demaiscandidatos, Paes ressaltou que tem 16 anos de vida públicadedicados à cidade e que se preparou para ser prefeito do Rio,já que desempenhou três funções executivasna  capital. Ele lembrou que começou sua vida políticacomo subprefeito em Jacarepaguá e na Barra da Tijuca.Paes disse ainda que sabe lidar com o PoderLegislativo do município, porque já foi vereador. Alémdisso, foi deputado federal por duas vezes, com atuaçãoforte em Brasília, mas sempre, segundo ele, voltado para osinteresses do Rio de Janeiro. "Ocupei funções no Legislativoe  no Executivo, que me permitiram conhecer profundamente cadacanto e cada esquina dessa cidade. Tenho experiência paraadministrar, por isso é que a gente sabe que a possibilidadede ganhar a eleição significa a inversão dessacidade, que ainda é maravilhosa, que tem caminhos a percorrere que infelizmente vive um momento muito ruim", afirmou. Dando continuidade à série deentrevistas com os candidatos à Prefeitura do Rio, a AgênciaBrasil publicará amanhã (7) a de Eduardo Serra(PCB); segunda-feira (8), Fernando Gabeira (PV); terça-feira(9), Filipe Pereira (PSC); quarta-feira (10), Jandira Feghali(PCdoB); quinta-feira (11), Marcelo Crivella (PRB); sexta-feira (12),Paulo Ramos (PDT); sábado (13), Solange Amaral (DEM); edomingo, encerrando a série, Vinícius Cordeiro (PTdoB).