Auxiliares de controle de endemias reforçam ações de prevenção à dengue no Rio

06/09/2008 - 14h29

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Cerca de 600 novos auxiliares de controle de endemias começam a ser treinados, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (8) pela Secretaria Municipal de Saúde. Eles vão atuar na prevenção e no controle do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Estão previstas aulas práticas e teóricas durante uma semana.De acordo com a SMS, a partir da segunda quinzena de setembro, os profissionais começam a reforçar o trabalho dos cerca de dois mil agentes municipais que já estão atuando na cidade.Na semana passada, a Secretaria Estadual de Saúde também informou que está realizando esforços para evitar uma nova epidemia de dengue no próximo verão. Técnicos do órgão estão percorrendo todos os municípios fluminenses para fazer um levantamento das áreas em que o risco de incidência da dengue é maior. O objetivo, segundo o superintendente de Vigilância e Saúde da secretaria, Victor Berbara, é descentralizar a assistência das pessoas infectadas, levando os laboratórios responsáveis pelo diagnóstico da doença para as regiões mais afetadas.A secretaria também informou que o governo do estado vai intensificar até o final do ano o investimento na capacitação dos profissionais de saúde e que planeja como será a assistência à população nos meses mais críticos. “O governo do estado está mobilizando não apenas recursos, mas planejando ações, como o aumento do número de leitos hospitalares nas regiões onde haja mais incidência de casos e até mesmo a instalação de tendas de hidratação como as que tiveram muito sucesso na assistência aos pacientes na última epidemia”, afirmou. No primeiro semestre deste ano, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, foram confirmadas 142 mortes. A maioria delas ocorreu entre janeiro e abril, quando houve um surto da doença. Outras 130 estão sob investigação. A maior parte dos óbitos foi registrada na cidade do Rio de Janeiro (82). Outros municípios que tiveram grande número de mortes foram Duque de Caxias (19), na Baixada Fluminense, e Angra dos Reis (10), no sul do estado. Ainda de acordo com os dados, uma em cada três mortes foi de criança ou jovem de zero a 15 anos. Ao todo, foram registrados 195 mil casos da doença.