Debate sobre situação de menores avançou, diz membro do Conanda

06/09/2008 - 11h31

Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A discussão sobre a proibição do corte de cabeloinvoluntário de internos da Fundação Casa, em Ribeirão Preto, demonstra que otratamento dos jovens infratores melhorou. Essa é a opinião de Ariel de CastroAlves, secretário-executivo do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos daPessoa Humana (Condepe) e membro do Conselho Nacional dos Direitos da Criança edo Adolescente (Conanda).“Em outras épocas, discutia-se o ‘batismo’ de adolescentes internados”,disse ele, lembrando de casos em que jovens eram agredidos logo que chegavam àantiga Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem).Segundo Alves, depois de 2003,dificilmente ocorreram casos de tortura e maus tratos em unidades da FundaçãoCasa.O defensor público Carlos Eduardo Montes Netto, responsávelpela ação que culminou com a proibição do corte de cabelo forçado de internosda entidade, concorda com o membro do Conanda. Para ele, o estado de São Pauloatravessa um “momento virtuoso” no que diz respeito ao atendimento a menoresinfratores. "Em Ribeiro Preto, não há mais registro de problemasgraves”, afirmou. “Porém, sempre se pode melhorar.”