Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Movimento de Combateà Corrupção Eleitoral (MCCE) já coletou,em quatro meses, mais de 124 mil assinaturas para o projeto delei de iniciativa popular que quer impedir a candidatura de políticosque respondem ações na Justiça. Sãonecessárias, no mínimo, 1,3 milhão deassinaturas para que a proposta seja encaminhada ao Congresso Nacionalpara análise, o equivalente a 1% do eleitorado brasileiro. Alei que instituiu a proibição da compra de votos e douso eleitoral da máquina administrativa veio de umainiciativa popular. Com base na Lei 9840, já foram cassados623 políticos de diversos níveis. O MCCE éuma rede formada por 37 entidades da sociedade civil, que conta commais de 200 comitês que trabalham em todas as regiões doBrasil pela rejeição de candidatos que nãotenham ficha limpa. O movimento estáorganizando a 1ª Mobilização Nacional para coletade assinaturas entre os dias 1º a 7 de setembro, durante a Semana daPátria, quando vão ser instalados pontos de coleta emtodos os estados e municípios e prestados esclarecimentos àpopulação sobre o texto do projeto de lei. A recomendaçãodo movimento é de que "todo cidadão que souber daocorrência de atos de compra de votos ou de desviosadministrativos com fins eleitorais pode informar o fatoimediatamente ao Ministério Público Eleitoral",que conta com o trabalho dos promotores eleitorais em todos osmunicípios.O Ministério Público é umainstituição que têm autonomia legal parasolicitar à Justiça Eleitoral a punição acandidatos que cometam corrupção eleitoral. A apresentaçãoda denúncia de compra de voto também pode serencaminhada à polícia e até mesmo ao juizeleitoral.