Governo promete investir mais no esporte e cobrar resultados

25/08/2008 - 19h27

Morillo Carvalho
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após avaliar como positiva a participação brasileira nos Jogos Olímpicos de Pequim, o ministro do Esporte, Orlando Silva, disse que o governo federal vai ser mais enfático na cobrana por resultados neste ciclo olímpico que começa hoje – a Olimpíada é o período de quatro anos, entre uma edição dos Jogos e outra. Para tanto, também deverá destinar mais recursos à prática esportinva no país.“A minha expectativa é que o governo federal seja mais ativo, cobre mais resultados, com base num decreto que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, que regulamenta a Lei Agnelo Piva. Ela destina recursos às confederações e ao COB [Comitê Olímpico Brasileiro], e nós pretendemos estabelecer um sistema de metas a alcançar em todo o período”, afirmou, após a abertura do 1º Seminário Nacional da Lei de Incentivo ao Esporte, que ocorreu hoje (25), em Brasília.No entanto, o ministro destacou que a colocação do Brasil  (23º) no quadro de medalhas não é a forma mais importante de avaliar o desempenho dos atletas. “Temos que ter uma visão mais ampla do esporte. O Diego Hipólito não deixou de ser o melhor ginasta no aparelho solo porque não ganhou uma medalha. Ou alguém aqui acredita que o esporte na Suécia é menos difundido que na Etiópia em função da avaliação que se faz do desempenho olímpico dos países?”, questionou.Orlando Silva acrescentou que esses novos investimentos e cobranças serão importantes para o projeto de candidatura do Rio de Janeiro sediar os Jogos em 2016. Convicto, ele disse acreditar que a cidade ganhará o pleito, que deve ser decidido em setembro de 2009. “O Brasil vai realizar os Jogos Olímpicos de 2016. Eu estou convencido pela acolhida que a candidatura do Rio teve em Pequim, o presidente Lula dialogou com muitos chefes de estado e nós percebemos que o Rio tem todas as condições”, salientou.O ministro disse que os Jogos representam uma oportunidade de investir no Rio, contribuindo para resolver seus problemas de infra-estrutura, além de alavancar o esporte no país.“Será a oportunidade de difundir e apoiar o esporte em nosso país, e o Comitê Olímpico Internacional está interessado nisso. É importante para a cidade, para o esporte, para a juventude, que é o que uma Olimpíada pode fazer. Diferente de Chicago, Tóquio e Madri, que são cidades prontas, que teriam uma mudança muito menor que no Rio”, defendeu.O ministro argumentou ainda que “os 10 países do mundo que tiveram os melhores resultados nos jogos de Pequim já realizaram os Jogos Olímpicos. Então, o que nós queremos é a excelência no esporte brasileiro e isso passa pelo sonho olímpico, pela oportunidade de realizar esse grande evento no país”.