Da Agência Brasil
Brasília - Nove deputados da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)confirmaram hoje (12)os votos a favor da cassação do deputado e ex-chefe da Polícia Civil do estado Álvaro Lins (PMDB. Ele teve seu mandato cassado por 36 votos a favor e 24 contra. Três deputados se abstiveram de votar e sete não compareceram à sessão. Lins reclamou do que considera “um julgamento antecipado”.A deputada Cidinha Campos (PDT) disse que “há muito tempo o Rio de Janeiro sabe do envolvimento de Lins com quadrilhas”. “Quem fica rico no poder é ladrão”, disparou a parlamentar.Antes de ser cassado, Lins afirmou ser vítima de um julgamento antecipado, já que ainda não responde a processo judicial. Ele disse ainda estar sendo perseguido pela mídia. “Alguns setores da mídia estão extremamente empenhados em fazer valer a sua vontade, de forma que prevaleça a opinião publicada sobre a opinião pública. A imprensa de forma alguma pode decidir o rumo de uma nação”, alegou o deputado, em sua defesa no plenário da Casa.O deputado Marcelo Freixo (PSOL) disse que a justiça foi feita. “Mesmo com o voto secreto, o Parlamento sai fortalecido. A cassação fortalece toda a investigação da Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Poder Legislativo na Alerj. Álvaro Lins terá seu direito de defesa, isso é legítimo, assim como é legítima a liberdade de imprensa. O voto sim venceu. Ganha a democracia”.A votação foi decidida no último voto. Um grupo de cerca de 60 manifestantes, que acompanhava a votação das galerias, aplaudiu a decisão dos deputados.