Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Senado quer impedirque as empresas acusadas de irregularidades em licitaçõesna Casa participem de nova concorrência. A decisão foianunciada hoje (12) pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho(PMDB-RN)."Estamos fazendoconsultas jurídicas para impedir isso", disse. Na semanapassada, o Senado anunciou que fará nova licitaçãopara substituir três empresas – Conservo, Ipanema e Brasília– na contratação de pessoal terceirizado. Denúnciasmostram que essas empresas eram favorecidas por funcionáriosdo Senado.As suspeitas envolvem oprimeiro-secretário do Senado, Efraim Morais, e servidorescomo o diretor-geral, Agaciel Maia, cujos nomes foram mencionados emconversas gravadas pela Polícia Federal durante ainvestigação. O caso envolve ainda o diretor daSecretaria de Compras do Senado, Dimitrios Hadjinicolnou, oex-diretor de compras Aloysio Vieira de Brito e dois empresáriosque mantêm contratos de terceirização com oSenado, Victor Cúgola e José Carlos Araújo.Os contratos foramassinados na gestão de Renan Calheiros (PMDB-AL) comopresidente do Senado e somam R$ 2,4 milhões, com a finalidadefornecer mão-de-obra para prestação de serviçosespecializados. O resultado das investigações,inclusive com escutas telefônicas autorizadas pela Justiça,estão sob análise do Ministério PúblicoFederal (MPF).O presidente do Senadoainda disse que espera votar durante a tarde as trêsmedidas provisórias que trancam a pauta da Casa.