Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O advogado-geral daUnião, José Antonio Dias Toffoli, saiu hoje (8) emdefesa do ministro da Justiça, Tarso Genro, que teria cogitadouma possível revisão da Lei de Anistia. “O ministro da Justiçadisse pra mim que não falou em rever a Lei de Anistia, o queele discutiu é que o crime de tortura não seria crimepolítico. Estou dizendo o que o ministro conversou comigou”,explicou Toffoli à imprensa durante a 10ª ConferênciaEstadual dos Advogados do Rio.Ontem (7), o Clube Militar,entidade formada por militares de diversas forças, apósreunião no Rio, condenou as declarações doministro da Justiça.Apesar de contestações judiciais pedindo que o Estado reconheça a tortura no país, Toffoli lembrou que isso já foifeito pelas leis brasileiras. “Após a Lei de Anistia, em1979, houve a edição de leis que reconheceram o direitoà indenização a pessoas que ou morreram ou sãotidas como desaparecidas em razão de ações doEstado na época do governo militar. Ou seja, o Estado járeconheceu que houve, realmente, um Estado de exceção efez leis para fazer reparações.”O advogado-geral daUnião evitou dar sua opinião sobre o tema e limitou-se adizer que seria fácil imaginar o ideal quando não seocupa cargos públicos. Ao assumi-los “imagina-se o que épossível e factível”.