Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) ficou em 1,76%, em julho, com recuo de 0,22 ponto percentual na comparação com o mês anterior (1,98%), segundo pesquisa divulgada hoje no site da Fundação Getulio Vargas. O indicador, usado para reajustar contratos dealuguel, acumula elevações de 8,71% no ano e de 15,12% nos 12 meses fechados em julho.Entre os itens que contribuíram para a desaceleração estão produtos alimentícios como o arroz (em casca), que passou de um aumento de 5,81% em junho para uma variação negativa de 4,17% neste mês, leite in-natura (de 2,18% para -1,83%) e matérias-primas como as de uso na siderurgia. O minério de ferro havia subido 6,65%, em junho e caiu em julho para -1,41%.Apesar da redução no ritmo de alta, a taxa ainda é significativa no mercado atacadista. O Índice de Preços por Atacado (IPA), subiu 2,20% ante 2,27%. No subgrupo de alimentos in natura a taxa ficou em -1,32% ante 7,62%. Alguns produtos que compõem o grupo de matérias-primas (com elevação média de 3,78% ante 3,11%), no entanto, dispararam de preços como o caso do tomate, que passou de uma variação negativa de -1,30% para uma alta de 7,44%; o milho em grão (-5,52% para 11,64%).Outro componente do IGP-M, o Índice de Preços ao consumidor-(IPC) subiu 0,65%. Na pesquisa anterior, havia apresentado elevação maior, de 0,89%. Neste caso, a principal contribuição foi da área alimentícia (2,20% para 1,41%). Mas comer fora de casa passou a pesar mais no bolso do consumidor. A refeição em restaurante pulsou de 0,37% para 1,72% e o preço do feijão saltou de 7,30% para 11,69%. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), aumentou em 1,42%,taxa inferior a de junho (2,67%). Os materiais passaram de 1,70% para 1,65% ; os serviços de 1,85% para 1,09% e a mão-de-obra (3,75% para 1,27%).