CPI do grampo retoma trabalhos com depoimentos de Dantas e Protógenes

30/07/2008 - 18h18

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ComissãoParlamentar de Inquérito das Escutas Telefônicas voltado recesso com a tomada de depoimentos do delegado da políciaFederal Protógenes Queiroz, responsável pela OperaçãoSatiagraha, e do banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Oppoturnity,preso na operação. Segundo a secretaria da CPI, odelegado confirmou o seu depoimento para às 14h30 do dia 6(quarta-feira) e o banqueiro para às 14h do dia 13(quarta-feira). Apesar da confirmaçãodos depoimentos, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), autor dosrequerimentos, não está otimista com as informaçõesque devem ser dadas pelos dois convocados. Segundo ele, jáhouve um "certo esfriamento" no assunto que levou àsprisões de Dantas, do investidor Naji Nahas e do ex-prefeitode São Paulo Celso Pitta. "Não estouotimista nem com o que o delegado Protógenes vai falar na CPI,quanto mais em relação aos outros depoimentos. Esperoestar enganado", disse. Fruet informou que oandamento das investigações pela CPI vai depender dasinformações que os depoentes vão repassar àcomissão. Segundo o parlamentar, algumas perguntas básicasdevem ser feitas ao delegado Protógenes: Quem autorizou asescutas? Quais foram os objetivos dessas escutas? Quais terminaistelefônicos foram grampeados? Quais ligaçõesacabaram sendo ouvidas sem autorização judicial? A secretaria da CPIinformou que aguarda ainda para esta semana os documentos solicitados à Kroll (empresainternacional de investigação) sobre o trabalho quea empresa fez para a Brasil Telecom, operadora que era administradapelo grupo Opportunity, para conseguir informaçõessobre a Telecom Italia. Os documentos deveriam ter sido entregues atéontem (29), mas hoje, por telefone, representantes daKroll se comprometeram a enviar os documentos ainda esta semana. Além de DanielDatas e do delegado Protógenes, estão tambémmarcados os depoimentos do delegado Élzio Vicente da Silva,para o dia 7 de agosto, e do juiz Fausto De Sanctis, que ordenou asprisões, para o dia 12 de agosto.